
Palestra proferida por Amastha no I Congresso Internacional em Direitos Humanos aborda “A Discriminação por Nacionalidade”
O prefeito de Palmas, Carlos Amastha, foi um dos conferencistas na noite dessa quinta-feira, 21, durante o I Congresso Internacional em Direitos Humanos, no auditório do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO).
Tendo como tema “A Discriminação por Nacionalidade”, o Prefeito Carlos Amastha ficou bem a vontade para falar de um problema que conhece na própria pele— o preconceito por ser colombiano–, apesar de ser naturalizado brasileiro e já viver no país há mais de trinta anos.
Em sua fala, o Prefeito fez uma retrospectiva da sua vinda para o Brasil, aos 22 anos de idade. Segundo ele, as dificuldades encontradas devido a sua origem e a sua língua não foi empecilho para que formasse uma família e alcançasse sucesso nos negócios e recentemente na política, como gestor da mais nova capital do Brasil. “ Faz parte da nossa cultura, da nossa natureza humana sobrepor o outro”, disse.
Ainda de acordo com o chefe do Executivo, as nacionalidades, raças e minorias sofrem preconceitos em qualquer parte do mundo. “Temos que fazer com que essas práticas não se tornem comuns”, afirmou.
Perante um auditório lotado, o colombiano naturalizado brasileiro, fez um passeio antropológico pela formação sociocultural brasileira e deu exemplo de outros povos e países que sofrem com o preconceito, citando diversos fatores que contribuem para a discriminação, como religião, terra, migrações, poder, ódio e preconceito.
Bem humorado e tirando risos da plateia, o cidadão Carlos Amastha, naturalizado brasileiro, deixou bem claro que não tem ódio pelo preconceito que sempre tem sofrido por ser estrangeiro, a exemplo das últimas eleições municipais. “É muito mais fácil ser um mal ser humano do que ser bom, mas a sociedade não pode deixar de crescer e romper paradigmas”, alertou.
Demonstrando profundo conhecimento pela formação sócio-cultural brasileira e de outros países, o conferencista foi questionado sobre a homofobia e como a administração pretende combater esse crime. “Parecemos diferentes, mas somos semelhantes. Com a capacidade de superação podemos fazer de Palmas um lugar cada vez melhor para se viver”, acrescentou.
O evento que ocorre até sexta, 22, teve como presidente da mesa, o desembargador Ronaldo Eurípedes, e como debatedor, o procurador de Justiça Marco Antônio A. Bezerra. É uma realização do TJTO, por meio da Escola Superior da Magistratura Tocantinense (Esmat), e tem a parceria da Universidade Federal do Tocantins (UFT).