22 novembro 2013 às 11:40

Palestra proferida por Amastha no I Congresso Internacional em Direitos Humanos aborda “A Discriminação por Nacionalidade”

O prefeito de Palmas, Carlos Amastha, foi  um dos conferencistas na noite dessa  quinta-feira, 21, durante o  I Congresso Internacional em Direitos Humanos, no auditório do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO).

 

Tendo como tema “A Discriminação por Nacionalidade”, o Prefeito Carlos Amastha ficou bem a vontade para falar de um problema que conhece  na própria pele— o preconceito por ser colombiano–, apesar de ser naturalizado brasileiro e já viver no país há mais de trinta anos.

 

Em sua fala, o Prefeito fez uma retrospectiva da sua vinda para o Brasil, aos 22 anos de idade. Segundo ele,  as dificuldades encontradas devido a sua origem e a sua língua não foi empecilho para que formasse uma família e alcançasse sucesso nos negócios e recentemente na política, como gestor  da mais nova capital do Brasil. “ Faz parte da nossa cultura, da nossa natureza humana sobrepor o outro”, disse.

 

Ainda de acordo com o chefe do Executivo, as nacionalidades, raças e minorias sofrem preconceitos em qualquer parte do mundo. “Temos que fazer com que essas práticas não se tornem comuns”, afirmou.

 

Perante um auditório lotado, o colombiano naturalizado brasileiro, fez um passeio   antropológico pela  formação sociocultural brasileira e deu exemplo de outros povos e  países que sofrem com o preconceito, citando diversos fatores que contribuem para a discriminação, como religião, terra, migrações, poder, ódio e  preconceito.

 

Bem humorado e tirando risos da plateia,  o cidadão Carlos Amastha,  naturalizado brasileiro,  deixou bem claro que não tem ódio pelo preconceito que sempre tem sofrido por ser estrangeiro,  a exemplo das últimas eleições municipais.  “É muito mais fácil ser um mal ser humano do que ser bom, mas a sociedade não pode deixar de crescer  e romper paradigmas”, alertou.

 

Demonstrando profundo conhecimento pela formação sócio-cultural brasileira e de outros países, o  conferencista foi questionado sobre a homofobia e como a administração pretende combater esse crime. “Parecemos diferentes, mas somos semelhantes. Com a capacidade de superação podemos fazer de Palmas um lugar cada vez melhor para se viver”, acrescentou.

  

O evento que ocorre até sexta, 22, teve como  presidente da mesa, o desembargador Ronaldo Eurípedes, e como debatedor, o procurador de Justiça Marco Antônio A. Bezerra. É uma realização do TJTO, por meio da Escola Superior da Magistratura Tocantinense (Esmat), e tem a parceria da Universidade Federal do Tocantins (UFT).