
Palmas 29 anos: Conheça histórias de profissionais que contribuíram para a melhoria nos serviços de saúde
Profissionais fazem um comparativo do serviço de saúde quando aqui chegaram com a realidade atual e apontam melhorias
No Sistema Único de Saúde de
Palmas encontramos muitos profissionais engajados e satisfeitos em ter
contribuído ao longo dos anos para a evolução da saúde na Capital que hoje é
referência para cidades do interior tocantinense e também para estados vizinhos.
Mas até chegar ao padrão atual, a caminhada foi árdua e longa, como contam o
médico cardiologista Jales de Alcântara Paniago e a auxiliar de odontologia
Edileia Dias Gonçalves.
Edileia mudou de Minaçu (GO)
para Palmas em 1993 e quatro anos depois foi contratada como assistente
administrativo na antiga Policlínica do Jardim Aureny I, dois anos mais tarde
já atuava como auxiliar de odontologia. Em 2000 passou no concurso da
Prefeitura e há três anos atua no Centro de Saúde da Comunidade Eugênio
Pinheiro também no Aureny I. “No início a população sofria muito,
principalmente com as filas porque tinham poucos médicos, poucos hospitais.
Hoje não. A saúde da família está ampliada em quase todos os setores de Palmas.
Então para o paciente em si, a melhora foi grande, porque todos os dias têm
porta aberta para o paciente nos centros de saúde e também tem as Upas (Unidade
de Pronto Atendimento Norte e Sul). Antigamente eram só as Upas e a Policlínica,
então a dificuldade era imensa”, analisa Edileia que é a referência do CSC
Eugênio Pinheiro.
Edileia lembra que na
Policlínica o atendimento odontológico era realizado de forma conjunta. “Eram
seis cadeiras de dentista numa única sala, fazíamos procedimentos em crianças e
adultos ao mesmo tempo. Na hora das extrações alguns pacientes choravam e até
reclamavam de dor e acabava traumatizando as crianças. O atendimento hoje é nas
unidades e individual. Não tinha como fazer um tratamento de canal na rede,
hoje já é possível”, destaca Edileia, enxergando no atendimento especializado
médico e odontológico, um serviço a ser melhorado, dada a dificuldade em se
conseguir consultas em determinadas especialidades ou procedimentos devido à
demanda reprimida.
Especialidades
médicas
Reconhecendo a transformação
no acesso aos serviços de saúde ao longo dos anos, desde que chegou a Palmas em
2002, o médico cardiologista Jales de Alcântara Paniago, que atua no
Ambulatório Municipal de Atenção à Saúde Dr Eduardo Medrado (Amas), também
aponta a demanda reprimida em algumas especialidades como algo a ser superado
pelo SUS. “Palmas é uma referência para todo o Tocantins e para os estados
circunvizinhos, mas ainda temos várias demandas a serem superadas. No que toca
às especialidades, na cardiologia onde eu atuo aqui no Amas, que é uma estrutura
muito boa, a demanda reprimida é grande. Hoje nós temos em torno 1,8 mil pacientes
aguardando atendimento em nível de primeira consulta e retorno. Eu vejo que
Palmas tem uma equipe de profissionais muito boa em todos os níveis. Então o
desafio para o SUS é superar essa demanda do atendimento especializado que é
muito grande”, avalia.
Ao olhar para a realidade atual, o cardiologista lembra o quão difícil era conseguir um atendimento especializado. “Um exemplo clássico aqui é que qualquer paciente que tivesse de fazer uma cirurgia cardíaca tinha que ir para outro estado. Hoje existe um serviço de hemodinâmica muito eficiente e existe a cirurgia, inclusive a cirurgia cardíaca, que é possível realizar aqui no Estado. Nós saímos daquela fase da medicina mais imediatista e passamos para o ângulo das especialidades, hoje eu vejo que o palmense tem uma assistência mais afinada no que toca as especialidades”, considera.
(Edição e postagem: Iara
Cruz)