
Palmas assegura recursos para a construção da Casa de Parto Normal Moara
O nome indígena significa “ajudar a nascer”; a previsão de inauguração é março do ano que vem
Com a proposta de humanizar o parto e o nascimento de bebês em Palmas, a
Secretaria Municipal de Saúde construirá nas proximidades do Hospital e
Maternidade Dona Regina, a Casa de Parto Normal Moara, nome de origem
tupi-guarani que significa “ajudar a nascer”.
Os recursos na ordem de R$ 760 mil já foram assegurados pelo Ministério
da Saúde (Portaria 805 publicada no Diário Oficial da União de 29 de março de
2018) e a previsão é de que no próximo mês a Prefeitura já esteja autorizada a
licitar a obra. Assim, a licitação deve ser concluída em setembro e a execução
dos serviços será imediata para que a casa de parto possa ser inaugurada em
março do ano que vem. Haverá uma contrapartida financeira do Município, devendo
a obra custar no total cerca de R$ 1 milhão.
A coordenadora da Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas (Fesp),
Juliana Bruno, explica que além de qualificar a Rede de Atenção Primária, a
Casa de Parto Normal Moara será uma unidade escola importante na formação de
profissionais de saúde como médicos, enfermeiros, nutricionistas e
fisioterapeutas. “A expectativa é que a casa de parto seja uma unidade escola e
que além de poder fortalecer a humanização do parto e nascimento, ela também
sirva como espaço de formação contextualizada, humana e completa para os nossos
profissionais. Tanto para os residentes de Enfermagem Obstétrica como para
formação de doulas, de educadores perinatais e também para os médicos de
família e comunidade como também para os médicos da residência de Ginecologia
Obstetrícia”, ressalta.
A Casa de Parto será destinada ao que se denomina “parto de risco
habitual”, ou seja, partos normais ou naturais, sem intervenção cirúrgica ou
medicamentosa. “Se a gestante tem uma gestação tranquila, sem riscos, ela tem
total competência para poder parir o seu filho de forma natural, sem
interferências, sem alto aparato tecnológico e da forma mais natural possível e
é a forma mais saudável para as crianças nascerem”, opina Juliana,
complementando. “Porém, se a gestante tiver alguma interferência na sua
gestação ou tiver algum indicativo de risco do seu parto, aí qualquer
possibilidade de intervenção cirúrgica ou outras necessidades, ela será
encaminhada para a maternidade Dona Regina que tem competência e segurança
necessária de fazer um parto com qualquer intervenção”, explica.
Vale ressaltar que as gestantes usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS)
continuarão a fazer o pré-natal nos Centros de Saúde da Comunidade, podendo
acessar, antes do parto, alguns serviços na Casa como cursos de preparação ao
parto e ambientação. “Se tanto ela como seu companheiro tiver necessidade de
participar de algum curso ou visitar para poder conhecer como será o parto,
poder se preparar melhor, a Casa vai ser um espaço para isso também”, conclui.
(Edição e postagem: Lorena Karlla)