14 julho 2015 às 17:17

Palmas em contagem regressiva: 100 dias para a abertura dos Jogos Mundiais Indígenas

A mais jovem das capitais brasileiras, Palmas, marca cem dias para a cerimônia de abertura da primeira edição dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas (JMPI), em 23 de outubro, na Vila dos Jogos. São esperados 2.300 atletas de 46 delegações indígenas nacionais e internacionais. 

 

“A contagem regressiva está lançada.100 dias para o início do evento que vai colocar a nossa amada Palmas na janela do mundo. Estaremos prontos”, afirmou o prefeito da cidade, Carlos Amastha.

 

Os participantes irão competir em esportes que vão desde o futebol às modalidades tradicionais indígenas. Algumas provas serão competitivas, como o arco e flecha e a corrida de tora. Mas também haverá modalidades de demonstração, como o Jikunahati, ou cabeçobol, um tipo de futebol em que só é permitido usar a cabeça para controlar a bola.

 

 

A cidade

 

Com apenas 26 anos, Palmas está localizada no coração do Brasil e congrega uma população de quase 300 mil habitantes, vindos das quatro regiões do país, destes, 500 declararam-se indígenas. O Estado reúne sete etnias, somando mais de 14 mil indígenas (IBGE, 2010). 

 

E em outubro de 2015, a diversidade que distingue a jovem Capital ganhará proporção extracontinental. Durante os 13 dias de atividades do evento, de 20 de outubro a 1º de novembro, povos nativos dos cinco continentes estarão reunidos aqui para celebrar a cultura indígena.

 

 

Delegações

 

Da América hispânica virão argentinos, chilenos, costa-riquenhos, equatorianos, guatemaltecos, nicaraguenses, panamenhos, peruanos, uruguaios, venezuelanos, mexicanos e colombianos.  Os vizinhos da parte europeia da América do Sul, a Guiana-Francesa, também já confirmaram presença.

 

Delegações dos Estados Unidos, Canadá e Rússia decidiram trocar o frio do hemisfério norte pelo calor da cidade-sede, famosa pelo verão constante, que eleva os termômetros a 40ºC nos meses mais quentes e 36ºC no restante do ano.

 

Da África, atletas da República do Congo e da Etiópia também estarão presentes. Assim como os herdeiros das tradições de Gengis Khan, os mongóis. E não para por aí.  Povos nativos da Oceania – Austrália e Nova Zelândia – também já confirmaram a presença de seus atletas. 

 

Do Brasil, indígenas das cinco regiões brasileiras, também estão confirmados. As etnias que representam o país são Asurini, Bororo Boe, Rikbatsa, Javaé Itya Mahãdu, Guarani Kaiowá, Kayapó Mebengokre, Kaingang, Kamayurá, Karajá, Kyikatejê/Parakatejê, Canela Rãmkokamekra, Krahô, Kuikuro, Kura Bakairi, Mamaindê Nhambikwara, Manoki, Matis, Paresi, Pataxó, Tapirapé, Terena, Waiwai, Xavante e Xerente. 

 

Infraestrutura

 

As obras de base da Vila dos Jogos, ao redor do Estádio Nilton Santos, já estão 60% concluídas. Principal local de competições, a Vila receberá, a partir de agosto, as estruturas temporárias previstas no projeto de cooperação técnica internacional entre o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Ministério do Esporte e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), vinculada ao Ministério das Relações Exteriores.

 

“Faltando 100 dias para a abertura, nos preparamos para receber o mundo em Palmas da melhor maneira possível. As expectativas são altas e vamos correspondê-las”, garantiu o secretário extraordinário dos Jogos Indígenas, Hector Franco.