
Palmenses se adornam com adereços indígenas
Basta percorrer a Vila dos Jogos
Mundiais Indígenas para ter a certeza de que o lema do evento, “Somos todos
indígenas” tomou conta da Capital. Por todos os lados, pessoas de diferentes
idades exibem colares, pulseiras, cocares além de pinturas pelo corpo. A moda é
usar adereços coloridos e naturais.
De acordo com a consultora de moda,
Patrícia Fregonesi, o artesanato indígena é atemporal. “Independe do momento ou
tendência, não sai de moda. As peças carregam uma raiz cultural agregando valor
à composição”, afirmou.
Ao percorrer os corredores da Feira
Mundial do Artesanato Indígena, a consultora demonstrou a visitantes formas de
compor looks utilizando as peças, tanto para estilos mais sóbrios quanto mais
irreverentes. “As peças proporcionam mais cor e tem tudo a ver com o contexto
da nossa cidade”, informou Patrícia.
A servidora pública Jorana Lúcia
aprovou a experiência. “Apesar de ser mais discreta gostei da experiência e vi
que dá pra usar as peças no dia a dia”, afirmou. Com estilo mais despojado,
Cilene de Fátima destacou, “gosto muito do artesanato indígena, gosto de tudo
que é feito da natureza”.
Para Maria Gabriela, 10 anos, e
Fernanda, 8 anos, a pintura com tinta feita com jenipapo foi a atração. De
acordo com Antonio Carlos, pai de Maria Gabriela, a oportunidade tem de
ser aproveitada. “Elas ficaram interessadas, queriam se pintar como os
indígenas e eu acho importante para elas conhecerem essa cultura nova e
diferente da nossa.”
Com arco e flecha em punho e com
cocar na cabeça, Cecília Klinger, 6 anos, aproveitou os jogos para se paramentar
como uma verdadeira indígena. Para a mãe da pequena, Karileira Klinger, o
evento reforça o sentimento de diversidade entre os povos. “É uma forma de
respeitar essa cultura e vejo de forma positiva inserir a minha filha nesse
contexto de diversidade”, destacou.