17 outubro 2017 às 13:12

PapoAfro discute drogas, racismo e rede sociais com alunos da Escola Municipal Maria Júlia

Com participação do cantor gospel Cela Éfeso, oficina tratou, entre outros pontos, de como as redes sociais podem ser usadas para mobilizar a juventude 

Um bate-papo de gente grande, com temas do cotidiano da comunidade escolar, como drogas, racismo e redes sociais, mobilizou cerca de 300 alunos da Escola Municipal Maria Júlia, nesta segunda-feira, 16, durante a  oficina do PapoAfro – projeto que  tem como objetivo discutir  temas relacionados ao universo juvenil. A abertura do evento teve a participação do cantor gospel de rapper, o pastor Cela Éfeso, de São Paulo. 

 

A primeira palestra coube ao superintendente de Igualdade Racial, Nélio Lopes, que falou sobre os tipos de preconceitos que já sofreu e a forma como o racismo pode ser identificado nas pequenas atitudes. “O racismo pode começar com pequenas brincadeiras pejorativas, na falta de respeito com os colegas”, lembrou. Ainda de acordo com Lopes, a ideia foi mostrar como essas atitudes racistas afetam a vida de quem as sofre.

 

Já o palestrante Heli de Souza Guimarães Jr. fez uma abordagem sobre como a rede social pode mudar o contexto da periferia, dando como exemplo o projeto em que atua,  o A Nave, que não possui sede em Palmas ou reunião regular,  mas que se mobiliza em sua maioria nas redes sociais. “A rede social pode ser usada como ferramenta de mobilização e não só para entretenimento ou para cyber bullyng.” O rapper Cela Éfeso usou a música “Na fé de Jó” (com 15 milhões de acesso no YouTube) para abordar a questão das drogas.

 

Para a diretora da Escola Maria Júlia, Maria Mendes, a metodologia usada pelos palestrantes prendeu a atenção dos adolescentes. “Tivemos a participação ativa do alunado, que teve a oportunidade de trocar ideias sobre temas que estão latentes no dia a dia deles.”