
PapoAfro discute drogas, racismo e rede sociais com alunos da Escola Municipal Maria Júlia
Com participação do cantor gospel Cela Éfeso, oficina tratou, entre outros pontos, de como as redes sociais podem ser usadas para mobilizar a juventude
Um bate-papo de gente
grande, com temas do cotidiano da comunidade escolar, como drogas, racismo e
redes sociais, mobilizou cerca de 300 alunos da Escola Municipal Maria Júlia,
nesta segunda-feira, 16, durante a
oficina do PapoAfro – projeto que
tem como objetivo discutir temas
relacionados ao universo juvenil. A abertura do evento teve a participação do
cantor gospel de rapper, o pastor Cela Éfeso, de São Paulo.
A primeira palestra coube ao
superintendente de Igualdade Racial, Nélio Lopes, que falou sobre os tipos de
preconceitos que já sofreu e a forma como o racismo pode ser identificado nas
pequenas atitudes. “O racismo pode começar com pequenas brincadeiras
pejorativas, na falta de respeito com os colegas”, lembrou. Ainda de acordo com
Lopes, a ideia foi mostrar como essas atitudes racistas afetam a vida de quem
as sofre.
Já o palestrante Heli de
Souza Guimarães Jr. fez uma abordagem sobre como a rede social pode mudar o
contexto da periferia, dando como exemplo o projeto em que atua, o A Nave, que não possui sede em Palmas ou
reunião regular, mas que se mobiliza em
sua maioria nas redes sociais. “A rede social pode ser usada como ferramenta de
mobilização e não só para entretenimento ou para cyber bullyng.” O rapper Cela Éfeso usou a música “Na fé de
Jó” (com 15 milhões de acesso no YouTube) para abordar a questão das drogas.
Para a diretora da Escola
Maria Júlia, Maria Mendes, a metodologia usada pelos palestrantes prendeu a
atenção dos adolescentes. “Tivemos a participação ativa do alunado, que teve a
oportunidade de trocar ideias sobre temas que estão latentes no dia a dia deles.”