Parque da Pessoa Idosa orienta frequentadores a driblar a depressão
Equipamento público oferece gratuitamente atividades que estimulam a independência e a vida saudável e ativa na velhice
No dia do abraço,
comemorado nesta quarta-feira, 22, o Parque da Pessoa Idosa Francisco Xavier de
Oliveira realizou pela manhã uma roda de conversa para abordar a depressão na
velhice. Cerca de 40 idosos participaram do bate-papo, que foi direcionado pelo
médico Múcio Guilherme do Centro de Saúde da Comunidade (CSC) da Arso 41.
A depressão tem se
tornado cada vez mais frequente. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS),
em todo o mundo, estima-se que mais de 300 milhões de pessoas, de todas as
idades, sofram com esse transtorno. Na velhice, esse cenário também se torna
comum diante de enfrentamentos resultantes do distanciamento da família, de
doenças e a perda da capacidade laboral. Além do isolamento, alguns dos sinais
e sintomas comumente descritos são humor deprimido, perda de interesse e
energia em atividades gerais, falta de concentração, distúrbio do sono e perda
de apetite.
“Quando não
trabalhamos mais e não criamos mais família temos tendência de nos isolar. Já
tinha ouvido falar, mas a palestra do doutor Múcio foi muito boa porque nos
alertou mais sobre isso. Eu não quero viver assim. Sou muito ativa, adoro
dançar, ter amigos, sair, bater papo e incentivo muito as pessoas a não ficarem
em casa porque é aí que surge a oportunidade para a doença. Tenho 82 anos mas
me considero uma menina de 60”, disse Maria da Paz Sardinha, após a atividade.
“Frequentar o parque
oferece aos idosos de toda Palmas a oportunidade de vivenciar experiências em
grupo e aprendizados importantes para esta fase da vida e que garantem a saúde
física e mental do idoso”, frisa a coordenadora do parque, Silvanete Mota de
Oliveira. “Quando abrimos o parque em 2016 recebemos muitas pessoas idosas com
quadro depressivo ou de tristeza e o parque vem mostrando que está fazendo a
diferença. Aqui se reforça a coletividade através de um conjunto de atividades
voltadas para a pessoa com 60 anos ou mais”, diz Silvanete, que é assistente
social e gerontóloga.
No
parque
Alguns dos serviços,
gratuitamente oferecidos no espaço, são do centro de convivência que realiza
atividades acompanhadas por profissionais de saúde e assistência social com
música, bate-papo e passeios, atividades dirigidas por um professor de educação
física, hidroginástica, hidroterapia, capoeira adaptada para idosos, aula de
jogos de tabuleiro, acompanhamento psicológico, entre outras atividades.
Danúzia Martins
Hiramatsu, 68 anos, frequenta, assim como Maria da Paz, o parque há mais de dois
anos e conta que é muito grata pelas oportunidades que o espaço lhe
proporciona. “Tudo que foi falado na roda de conversa sobre como lidar ou não
ter com a depressão a gente já faz no Parque dos Idosos. Fiquei muito feliz por
ver que estou no caminho certo, aprendendo a ter autonomia. Para mim esse
parque é o passaporte para a felicidade do idoso”, elogiou.