
Pioneirismo de Palmas na implantação do sistema E-SUS atrai gestores de saúde de outras cidades; comitiva de Campo Grande esteve na Capital
Palmas é a única cidade a implantar o sistema E-SUS
Palmas é referência para o Brasil quando o assunto é informatização da
rede municipal de saúde, sendo a única cidade que implantou o sistema E-SUS
(ferramenta do Ministério da Saúde) não só nos Centros de Saúde da Comunidade,
mas em todos os estabelecimentos de saúde que compõe a rede. Esse pioneirismo
tem atraído gestores de outras cidades do Brasil, interessados em saber como se
deu o processo de implantação, desafios e conquistas. Nesta quinta, 13, uma
comitiva da Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande (MS) esteve reunida
com o secretário de Saúde de Palmas, Daniel Borini, e a equipe técnica da
Semus.
De acordo com a secretária adjunta da Sesau Campo Grande, Andressa de
Lucca Bento, na capital sulmatogrossense o E-SUS foi implantado em apenas um
estabelecimento de saúde como projeto piloto, mas o Município tem interesse em
expandir e informatizar todos os processos da rede.
“Palmas está muito bem desenvolvida nessa questão da informática e da
assistência como um todo. A gente vai conseguir levar muita coisa para Campo
Grande para conseguir desenvolver melhor nossa região. A coragem que o Município
de Palmas teve ao expandir o atendimento do portal eletrônico E-SUS, encarar
esse desafio como pioneiro no País e a competência como desenvolveram merecem
destaque. Tanto que estamos aqui para ver isso, aprender e quem sabe levar isso
para o Mato Grosso do Sul”, ressaltou Andressa.
Amador Neto, assessor técnico da Atenção Básica da Sesau Campo Grande,
complementou dizendo que “essa integração de informação é muito útil tanto para
o paciente quanto para o profissional e isso me impressionou muito, de como
vale à pena investir nesse sistema de informação que vocês utilizam aqui.”
O secretário de Saúde, Daniel Borini afirmou ser motivo de orgulho o
fato de Palmas, apesar de ter uma estrutura menor, servir de exemplo para
municípios como Campo Grande que tem quase 900 mil habitantes, 50 unidades de
Estratégia de Saúde da Família, 16 Unidades Básicas de Saúde, seis Unidades de
Pronto Atendimento (Upas), quatro Centros Regionais de Saúde, oito unidades de
Atendimento Especializado, quatro Policlínicas e quatro Centros de
Especialidades Odontológicas (CEOs).
“É uma alegria a gente poder mostrar o trabalho que estamos
desenvolvendo aqui há alguns anos e sendo concretizado agora. E é sempre bom
essa troca de experiências com os outros municípios, de poder contribuir com
nosso processo de gestão, com nosso sistema, com processos de trabalho. A Semus
está aberta a todos que quiserem conhecer nossas experiências e nosso corpo
técnico de poder dá esse feedback”,
destacou Borini.
Desafios
Um dos responsáveis pela implantação do E-SUS na Capital é o analista de
sistemas do Núcleo de Telesaúde da Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas
(Fesp), Álvaro Prestes. Segundo ele, o próprio Ministério da Saúde, responsável
pela ferramenta eletrônica, recomendava a implantação da mesma apenas na
Atenção Primária, mas ao ver que Palmas estendeu o uso para a rede
especializada e de urgência e emergência, passou a dar um novo direcionamento
aos municípios que estão em fase de implantação do E-SUS.
Dentre as maiores dificuldades, ele elenca a ‘uma certa’ resistência
(hoje superada) dos profissionais da rede ao utilizar o novo software; as deficiências das primeiras
versões do E-SUS que foram corrigidas a partir do feedback de Palmas ao Ministério da Saúde; e o trabalho de
preparação da infraestrutura de conectividade das unidades de saúde para poder
utilizar o software. “Todas as
unidades de saúde estão fazendo o uso software
em tempo real, online, com todas as unidades conectadas. Isso demanda
infraestrutura, demanda velocidade de conexão, demanda servidores capazes de
processar tudo isso, volume de informações, e obviamente, o treinamento das
equipes continuado, capacitando e tirando dúvidas”, destacou, lembrando que o
E-SUS permite que toda rede de atenção básica de
saúde da cidade possa acompanhar o histórico de atendimento, os dados e o
resultado de exames dos pacientes.
(Edição e postagem: Lorena Karlla)