
1ª operação integrada do ano faz 10 abordagens em bares da Capital e interdita quatro por perturbação do sossego
Operação, que será contínua, contou com a participação da GMP, Polícia Civil, Bombeiros, agentes de Trânsito, fiscais de Obras e Posturas e da Vigilância Sanitária
Som alto em bares e em
carros estacionados em frente a esses estabelecimentos, além de causar
transtorno e estresse à população que tem seu momento de descanso interrompido,
é a causa de maior demanda da Guarda Metropolitana de Palmas, principalmente
nos finais de semana, quando poderiam estar atuando em outras frentes de
segurança. Só nesse último sábado, 16, devido ao grande número de reclamações
via SIOP – Centro de Operação Integrada – a equipe da GMP, juntamente com a PM,
fez fiscalização em cinco bares da cidade. E na sexta-feira, 15, na ação paz e
sossego outros cinco estabelecimentos foram abordados, quando quatro foram
interditados.
A operação comandada pela PM
foi a primeira integrada de 2019 e contou com o envolvimento da Guarda
Metropolitana de Palmas, Polícia Civil, Bombeiros, Agentes de Trânsito, Fiscais
de Obras e Posturas e da Vigilância Sanitária. Foram interditados quatro
estabelecimentos, duas apreensões de bebidas e feitas 19 notificações. Segundo
os organizadores, outras operações integradas como esta já estão agendadas e os
pontos fiscalizados são os que geram maior número de reclamações,
principalmente devido à perturbação do sossego.
Para o comandante da Romu,
divisão especializada da GMP, Antônio Amorim, o objetivo da operação é
preservar o sossego público, assim como a saúde da população palmense. “Agora
os locais interditados terão que se regularizar segundo as normas do Corpo de
Bombeiros, Obras e Posturas do Município e Vigilância Sanitária”, advertiu.
Quanto à perturbação do
sossego, a GMP esclarece que a poluição sonora enquadra-se como crime
ambiental, com base no disposto do Artigo 54 da Lei de Crimes Ambientais nº
9.605/98, sujeita à multa que pode ir de R$ 5 mil a R$ 50 milhões. Amorim
lembra que esse tipo de fiscalização não é uma competência exclusiva da GMP,
mas também é de responsabilidade das polícias Civil e Militar e de órgãos de
fiscalização ambiental. As denúncias podem ser feitas tanto via Siop pelo 190
como pelo 153 da GMP.
O Comandante da GMP,
Florisvaldo Leal Borges, explica que devido à grande demanda nos finais de
semana, algumas solicitações ficam sem ter o atendimento, pois além do grande
número de denúncias, ocorre por vezes os trotes, que geram o deslocamento
desnecessários das viaturas, que poderiam estar fazendo atendimentos a quem
realmente precisa.
“É importante que a
população saiba que a GMP não atua apenas no atendimento à perturbação do
sossego, mas nossas equipes fazem ronda para garantir a segurança do palmense,
atendendo denúncias de assalto, porte de armas de fogo, furtos e roubos,
tráfico de drogas, captura de animais silvestres, além de inúmeras outras áreas
que atuamos diariamente”, completa o comandante.
No último sábado, 17, o Siop
recebeu inúmeras denúncias de som alto e de uma via obstruída no centro da Capital,
o que provocou a presença das instituições de segurança pública estaduais e
municipais em cinco estabelecimentos, a fim de garantir o direito de todos,
principalmente dos presentes no local. A ação em conjunto com a PM foi
pacífica, não encontrando resistência por parte dos proprietários em abaixar o
som alto.
Infração
de Trânsito
A Secretaria de Segurança e
Mobilidade Urbana lembra ainda que a interdição ou obstrução da via só pode ser
feita mediante autorização prévia dos órgãos competentes, o descumprimento
incide em infração de trânsito, sujeito à multa. Som alto em automóvel, além de
também poder enquadrar em crime ambiental, é infração de trânsito considerada grave, perda
de cinco pontos na CNH, retenção do veículo e multa.
Revisão e postagem: Iara Cruz