Baseado na obra de Martha Medeiros, Simples Assim estreia dia 11 de outubro no Theatro Fernanda Montenegro

Fundação Cultural de Palmas

Autor: Samara Martins | Publicado em 07 de outubro de 2019 às 18:30

Com Julia Lemmertz e Georgiana Góes, comédia dirigida por Ernesto Piccolo é baseada nos livros ‘Quem diria que viver iria dar nisso’ e ‘Simples Assim’

 

Em uma produção original da Turbilhão de Ideias e apresentação do Circuito Cultural Bradesco Seguros, a peça Simples Assim será apresentada em Palmas nos dias 11, 12 e 13 de outubro, às 21 horas, no Theatro Fernanda Montenegro. Baseado na obra da colunista do jornal O Globo e cronista Martha Medeiros, o texto foi adaptado pela própria autora, ao lado de Rosane Lima. No elenco estão Julia Lemmertz, Georgiana Góes e Pedroca Monteiro, sob a direção de Ernesto Piccolo.

 

 

Sucesso de público e crítica no Rio de Janeiro, a peça é marcada por histórias entrelaçadas e apresenta figuras, simultaneamente, distópicas e reais, como um casal que apenas interage pelo celular, uma mulher que contrata uma dublê de si mesma e uma jovem que decide viajar para Marte e abandonar o amante. Em todos os casos, há espaço para uma indagação: para onde foi a simplicidade do afeto tête-à-tête? O enredo traz reflexões sobre a roda da vida e os humanos em meio ao caos moderno, à solidão tecnológica, soterrados por informações e desencontros.

 

 

A comédia reflete sobre o cotidiano, com muito humor e afeto, como é usual na obra da escritora, uma das mais celebradas cronistas brasileiras. Os atores se revezam em vários personagens, em dez cenas, numa estrutura inspirada em A Ronda, clássico do austríaco Arthur Schnitzler.

 

 

“Trazemos o espírito meio esquizofrênico desta época. A vida édifícil, mas a simplicidade salva. Corruptos existem, mas eles nada podem contra a morte. A tecnologia nos domina, mas o amor segue imperioso. Tudo se entrelaça. É um texto para rir e pensar sobre essa birutice toda”, comenta Martha Medeiros.

 

 

“As cenas exploram detalhes dessas relações no cotidiano, procurando o que permanece de humano nos personagens em meio a tantas transformações. Montar a peça hoje é abrir um espaço de pensamento e, ao mesmo tempo, de prazer para os espectadores, desejando que eles possam rir e refletir sobre nossa linda e atribulada humanidade”, conclui Martha.

 

 

As duas coletâneas em que a peça se baseia reúnem cerca de 200 crônicas. Dessa pesquisa resultaram dez cenas, cada uma delas com duas ou três crônicas entrelaçadas. A livre adaptação do texto apresenta histórias entrecortadas que tratam das relações interpessoais no mundo contemporâneo, de um tempo acelerado e mediado por uma tecnologia invasiva e incontornável. Rosane Lima explica que a estrutura do texto segue um modelo inspirado em A Ronda, clássico do austríaco Arthur Schnitzler, com cenas aparentemente independentes, mas com um personagem sempre se repetindo no quadro seguinte.

 

 

“A estrutura do texto austríaco sempre me encantou pela simplicidade e eficiência. Eu também sabia que teríamos um elenco pequeno e um número razoável de personagens, situação que esse formato favorece. A Ronda foi escrita na virada do Século XX, um período de grandes transformações sociais, morais, etc., possibilitando uma analogia atraente com o momento atual. Na ‘ciranda’ de Simples Assim não surgem apenas casais, como na peça de Schnitzler, mas também relações de irmãs, amigos, empregados, o que, além de ampliar o espectro de visão da peça, contempla a variedade e o alcance das crônicas da Martha”.

 

 

Ernesto Piccolo considera Simples Assim a peça mais atual da escritora. “É a mais antropológica. Ela tem um lado muito humano e também traz lampejos sociais e políticos muito atuais, retrata o nosso desconforto com as coisas que estão acontecendo no mundo”.

 

 

Para Júlia Lemmertz, a autora tem a capacidade de falar sobre coisas profundas de uma forma muito direta, conseguindo radiografar, através de suas crônicas, o caos dos dias atuais. “Está todo mundo muito conectado em redes, links, mas pouco conectado com a pessoa que está do seu lado, com o presencial, o aqui agora. A peça vai colocando situações para que você reflita como é estar nesse mundo com essa quantidade de informação, de solicitações e como você se forma ‘humano’ nisso. Como você permanece humano dentro de tanta demanda”, aponta.

 

 

Júlia destaca ainda a universalidade e importância dos temas abordados no espetáculo. “É um momento de tantas coisas para se refletir. Ele se passa no Brasil, mas o mundo inteiro está assim. Estamos em uma convulsão geral, as pessoas estão em situação limite”, reflete.

 

 

Pedroca Monteiro acrescenta que o espetáculo olha para o agora e aponta que, apesar de tudo, é necessário continuar. “Não adianta ir para Marte, como decide uma das personagens. É preciso estimular as pessoas à mudança. Ao invés de viajar para outro planeta ou mesmo outro país, é fundamental ficar aqui e tentar transformar o nosso lugar”, conclui.

 

 

“E a Martha consegue traduzir tudo de uma maneira popular, que se comunica com todos”, elogia Georgiana Góes. O espetáculo propõe focar no que realmente importa, tenta alcançar a simplicidade, que é algo tão complexo e difícil. “É preciso buscar gente que converse e se escute, que se aproxime pelo afeto, pelo carinho, pela empatia, pelo interesse pela vida do outro. É trocar, ouvir e ser ouvido”.

 

 

Sinopse

 

 

A vida é difícil? A simplicidade salva. Corruptos existem, mas nada podem contra a morte. A tecnologia nos domina, mas o amor segue imperioso. A montagem propõe humor e reflexão para melhor enfrentar a época em que vivemos.

 

 

Ficha Técnica

 

 

Texto e adaptação: Martha Medeiros e Rosane Lima.

Direção Artística: Ernesto Piccolo.

Elenco: Julia Lemmertz, Georgiana Góes e Pedroca Monteiro.

Produção e idealização: Gustavo Nunes.

Cenografia: Clivia Cohen.

Projeções Cênicas: Rico Vilarouca / Renato Vilarouca.

Figurino: Helena Araújo e Alfaiataria Conrado. 

Luz: Felício Mafra. Trilha Sonora: Rodrigo Penna.

Visagismo: Uirandê Holanda.

Produtora de Elenco: Yolanda Rodrigues.

Preparação Corporal: Cristina Moura.

Designer e Fotos: Victor Hugo Ceccato

Marketing/ Designer: Julliana Della Costa.

Preparação Vocal: Rose Gonçalves.

Cenógrafo Assistente: JoséCohen.

Cenotécnica: Humberto Silva e Humberto Silva Jr

Assistente de direção: Neuza Caribé

Assistente Designer: Bruno Karvan.

Assistente de Produção: Patrícia Nunes.

Assistente Financeiro: Jéssica Veiga.

Assistente de Diretor de Palco: Gleison Brito

Operador de Luz: Ari Nagô

Operador Multimídia: Janser Barreto

Produção Executiva: Glauce Carvalho

Coordenação de Produção: Lúcia Souza

Financeiro e Prestação de Contas: Helber Santa Rita

Apoio: Lojas Pompéia e Veirano Advogados.

Apresentado por: Bradesco Seguros

Produção Original: Turbilhão de Ideias Entretenimento

Assessoria de Imprensa: Arteplural

 

 

Serviço

 


Ingressos

 

Sexta-feira - R$ 80,00 (inteira) e R$ 40,00 (meia)

Sábado e Domingo - R$ 100,00 (inteira) R$ 50,00 (meia)

Ingresso popular - R$ 50,00 (inteira) R$ 25,00 (meia)

Classificação: 12 anos

Duração: 70 minutos

Gênero: Comédia.

Lotação: 500 Lugares

Venda online no site www.sympla.com.br .