Beneficiários do Residencial Santo Amaro contam o que mudou desde que realizaram o sonho da casa própria

Secretaria Municipal da Habitação, Assuntos Fundiários e Energias Sustentáveis

Autor: Wédila Jácome | Publicado em 17 de junho de 2021 às 15:25

Aos poucos os 15 blocos de quatro pavimentos vão recebendo as famílias contempladas e sendo tomado pelos sentimentos de emoção e esperança de um futuro melhor

A espera enfim terminou e a fechadura do sonho foi destrancada para 240 famílias que receberam, no último mês, as chaves para construírem um futuro cheio de possibilidades no Residencial Santo Amaro. Aos poucos elas vão se mudando e os 15 blocos de quatro pavimentos recebendo vidas, histórias, sorrisos e brincadeiras de criança.

Depois de anos morando de aluguel e, nos últimos deles de favor, a aposentada Maria Soares da Silva, 74 anos, agora gira as chaves e abre a porta do seu apartamento com o prazer de receber as primeiras visitas. “Veja como é lindo, tudo novinho.” Em cada cômodo ela faz questão de mostrar o que já conseguiu organizar no seu apartamento, e mostra com felicidade no rosto umas das primeiras refeições que fez no seu novo lar. “Parece um sonho, me belisco a toda hora, para ver se não estou dormindo”, conta dona Maria, que é viúva e mãe de dois filhos adultos que já não vivem mais com ela. A moradora frisa que já estava quase perdendo a esperança de um dia ter um local para chamar de seu.

Para quem, mesmo com o avançar da idade, teve que tirar sozinha uma cobra que estava em cima de sua cama, onde antes morava, a segurança e o espaço do novo apartamento foi o que mais lhe impressionou. “Eu morava em um único cômodo pequeno, no meio do mato. Agora, é só girar a chave e estou segura aqui. E aqui é bem maior”, ressalta dona Maria, se referindo ao apartamento, que conta com 47,53 metros quadrados, sala, dois quartos, banheiro, cozinha e área de serviços, todos na cerâmica.

A mesma emoção da dona Maria é a compartilhada por outros moradores. O recebimento das chaves do apartamento trouxe também um novo desfecho na vida de outra Maria. No caso de Maria da Conceição Barbosa da Silva, 48 anos, além do imóvel, ela recebeu esperança para dar um futuro melhor para o neto que ela cria desde bebê. “Meu neto sempre me falava: ‘a gente podia ter uma casa’. E não é que agora temos!”, diz ela emocionada, com lágrimas nos olhos.

“Foi o melhor presente que Deus me deu. Eu e ele (neto) vivemos muitas situações difíceis. Tive que levá-lo comigo muitas vezes quando eu ainda fazia diária. Passamos fome, humilhação, mas agora vai ser diferente”, destacou. E nesse momento estampou um sorriso no rosto, como um raiar de esperança.

Ao mudar para o novo residencial, a avó também encontrou outra forma de conseguir implementar a renda. “Vendo ‘dindin’, o que muitos aqui chamam de geladinho, e salgados para os vizinhos. Fico atenta ao celular, porque sempre tenho encomendas. E isso vai me ajudar a pagar a pequena parcela daqui, a taxa de condomínio, e até a água e a energia.” Além do neto, Conceição mora no apartamento com o marido. 

 

O empreendimento

O Residencial Santo Amaro foi entregue há cerca de um mês, no dia 20 de maio, aniversário de Palmas. O empreendimento faz parte do Programa Minha Casa Verde e Amarela - Faixa I, integrado ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em parceria com a Prefeitura de Palmas.

Para a construção das unidades habitacionais, a Prefeitura entrou com a doação do terreno e isenção de impostos. Algo em torno de R$ 2,5 milhões em contrapartida, o que representa um percentual de aproximadamente 15% do valor total investido. O governo federal investiu R$ 19 milhões.

Do total de famílias beneficiadas, 41 delas foram remanejadas de áreas públicas não passíveis de regularização, dentre as quais a T-30, Saramandaia e áreas públicas da região norte. Essas famílias não pagam prestação habitacional. As demais pagam parcelas que variam de R$ 80,00 a R$ 200,00, dependendo da renda familiar. Já a taxa de condomínio paga por todos para conservação e melhorias do empreendimento é de R$ 100,00.