Cine Cultura e Sessão Vitrine promovem acesso ao Cinema Nacional de qualidade

Fundação Cultural de Palmas

Autor: Samara Martins | Publicado em 17 de julho de 2019 às 18:28

Parceria que já dura três anos foi renovada nesta terça-feira, 16


O Cine Cultura continuará recebendo um filme por mês através da parceria com a Sessão Vitrine, da Vitrine Filmes, projeto de distribuição de filmes nacionais a custo reduzido. A parceria que já dura três anos foi renovada nesta terça-feira, 16, com a exibição da sessão comentada do filme, Estou me Guardando para Quando o Carnaval Chegar, com a presença do produtor executivo, João Vieira Júnior.

 

 

A curadora do Cine Cultura, Elisângela Dantas, explica que a parceria da Sessão Vitrine é muito importante em razão do preço praticado nas salas participantes, que não ultrapassa R$ 15,00 (inteira), promovendo a exibição de filmes de qualidade a preços populares, e por levar ao público um cinema de qualidade, original, que retrata a cultura do país e que se destaca nos principais festivais brasileiros e internacionais.

 

 

Outra questão apontada por Elisângela é que a Sessão Vitrine fomenta uma relação entre o espectador e o evento de ir ao cinema, através de lançamentos e sessões com debates, investindo na formação de novas plateias e fortalecendo o circuito audiovisual.

 

Em três anos de parceria o Cine Cultura exibiu 27 filmes da Sessão Vitrine, muitos com a participação de diretores ou produtores, a exemplo do documentário Divinas Divas, que contou com a participação da diretora, Leandra Leal.

 

 

O produtor, João Vieira Júnior, falou sobre a parceria e a importância de espaços como o Cine Cultura. “O Cine Cultura é um patrimônio local, não só pelo espaço, mas as questões que abre para a discussão, como as sessões debate, esse tipo de espaço está cada vez mais raro”, disse.

 

 

Estou me Guardando para Quando o Carnaval Chegar

 

 

Documentário que retrata o cotidiano dos moradores de Toritama-PE, estou me Guardando para Quando o Carnaval Chegar trata essencialmente da relação trabalho/tempo e de como a desregulamentação do trabalho afeta a cadeia produtiva.

 

 

Para o psicólogo, Eduardo Breno Bezerra, "é um filme que se fala sobre trabalho, mas que fala mais sobre o tempo, o tempo que é entregue ao trabalho, e o custo humano da produção do jeans em Toritama, uma vez que As pessoas se consideram donas do próprio horário, mas não são".

 

 

João Vieira explica que o documentário é um gênero aberto que permite aos realizadores descobrir o que se está fazendo no decorrer do processo, onde o filme pode chegar.

 

 

Para a realização do documentário foram feitas seis viagens a Toritama, e o que mais chamou atenção da equipe foram as rápidas mudanças na cidade e como seus habitantes vivem apenas para o trabalho. “Toritama vive para trabalhar e a gente também vive para trabalhar, isso gera muitos problemas”, afirmou o produtor Vieira ao ressaltar que, “acredita que o que foi visto em Toritama é um laboratório do que pode se tornar o Brasil pós reforma, em relação.

 

 

Estou me guardando para o Carnaval Chegar permanece na programação do Cine Cultura até 24 de julho.