Secretaria Municipal da Saúde
Autor: Redação Saúde | Publicado em 14 de novembro de 2019 às 09:23
A sazonalidade das infecções respiratórias se antecipou e alguns cuidados são necessários
Os vírus que causam
infecções respiratórias circulam durante todo o ano no Brasil, conforme a
sazonalidade de cada região. No Tocantins, essa sazonalidade coincide com o
período chuvoso, normalmente de dezembro a maio, entretanto, de acordo com a
equipe técnica da Central de Vacinas da Secretaria Municipal de Saúde
(Cemuv/Semus), este ano os vírus começaram a circular mais cedo. Daí a
necessidade de reforçar alguns cuidados para prevenir essas infecções.
Grande parte dessas
infecções respiratórias (gripes e resfriados) são causadas por vírus, dentre
eles o vírus Influenza. Os principais sinais e sintomas são: febre, tosse, dor
de garganta, coriza, mal estar, dores no corpo. Outros agentes etiológicos como
vírus sincicial respiratório (muito frequente em crianças), adenovírus,
rinovírus também circulam em nosso ambiente e são também responsáveis por
quadros gripais. No entanto, o vírus influenza tem maior relevância nesse
cenário devido à maior possibilidade de sintomas mais exacerbados e agravamento
do quadro, especialmente quando ocorre em grupos mais vulneráveis como crianças
pequenas, gestantes, idosos e portadores de doenças crônicas.
No caso da Influenza,
existem três tipos de vírus: A , B e C. Os vírus A e B circulam frequentemente
no Brasil e dentre eles o influenza A H1N1 e o influenza A H3N2 são os mais
encontrados. "Pelo nosso histórico, sabemos que a circulação dos vírus
começa por volta do mês de dezembro e vai até o mês de abril ou maio. Essa é a
nossa sazonalidade, não só do vírus Influenza, mas de outros vírus
respiratórios. Esse ano, o que percebemos é que a nossa sazonalidade se
antecipou, estamos em novembro ainda, as chuvas ainda estão irregulares, e já
estamos detectando a circulação desses vírus”, ressalta a enfermeira da Cemuv,
Juliana Araújo.
A enfermeira ressalta
que essas infecções respiratórias não são de notificação compulsória
(obrigatória). “Apesar de não ser uma doença de notificação compulsória, porque
não se notifica gripe, só notifica casos graves que levam à internação, a
recomendação é para que os profissionais estejam atentos a casos suspeitos para
fazer o manejo adequado, com exames, tratamento e orientação ao paciente quanto
às complicações porque se não houver o manejo adequado e oportuno, pode ocorrer
o óbito”, reforça.
Recomendações
O Ministério da Saúde
orienta medidas de higiene respiratória para reduzir o risco de adquirir ou
transmitir doenças respiratórias, tais como:
- Frequente
higienização das mãos, principalmente antes de consumir algum alimento;
- Utilizar lenço
descartável para higiene nasal;
- Cobrir nariz e boca
quando espirrar ou tossir;
- Evitar tocar
mucosas de olhos, nariz e boca;
- Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
- Não compartilhar objetos de uso pessoal,
como talheres, pratos, copos ou garrafas;
- Manter os ambientes
bem ventilados;
- Adotar hábitos
saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos;
- Evitar aglomerações e ambientes fechados
(procurar manter os ambientes ventilados).
Se
apresentar sintomas gripais:
- Evitar sair de casa
no período de transmissão da doença (até 7 dias após o início dos sintomas);
- Afastar-se
temporariamente das atividades laborais e escola;
- Hidratar-se e
tentar se alimentar bem;
- Manter repouso;
- Ficar atento ao
surgimento de sinais de gravidade como: persistência da febre, desconforto
respiratório, dificuldade para respirar;
- Se surgirem sinais
de gravidade, procurar atendimento médico rapidamente.