Covid-19 altera rotina de atendimento nas unidades de saúde

Secretaria Municipal da Saúde

Autor: Georgethe Pinheiro | Publicado em 27 de março de 2020 às 17:48

Recomendação é que as UPAs só sejam procuradas quando se tratar de urgência e emergência para evitar estrangular o atendimento


A pandemia provocada pelo novo coronavírus (Covid-19) mexeu com a rotina de diversos locais, mas em especial nas redes de atendimento à saúde, seja privada ou particular.  O poder público precisou ser ainda mais rigoroso em relação ao fluxo de atendimento previsto em suas unidades, uma vez que além de atender quem está doente, é também necessário manter os ambientes com o menor índice possível de transmissão da doença e psicologicamente adequado para os trabalhadores.


 

Neste sentido, nas duas Unidades de Pronto Atendimento de Palmas (UPAs) Norte e Sul, os coordenadores têm se esforçado para seguir as recomendações do Ministério da Saúde (MS), atendendo prioritariamente pacientes que se enquadrem nos critérios de urgência e emergência, nas classificações amarelo (pacientes que podem aguardar até 50 minutos), laranja (aguardam até 10 minutos) e vermelho que são atendidos de imediato após darem entrada na unidade.


 

A recomendação do coordenador administrativo da UPA Sul, Feliciano Sousa Pereira, é para que as pessoas só procurem as Unidades de Pronto Atendimento se realmente se tratar de uma urgência ou emergência.


 

“Todas as pessoas têm condições de autoavaliação para saber quando estão em um quadro grave, ou não. Dessa forma, ao perceber que o problema é de classificação sem risco, o indivíduo deve procurar o centro de saúde da sua região”, orienta Feliciano.


 

Outra recomendação, específica para quem suspeita de ter contraído o coronavírus, ou que tiver mantido contato com alguém contaminado é entrar em contato com o Call Center da Saúde pelos telefones: 3218-5643/ 3218 – 5458 (whatsap); 3218-5457/ 3218-5446, para que este informe adequadamente às UPAS e o atendimento seja realizado com o menor risco de contágio.


 

“Inclusive as pessoas que já chegam referenciadas são atendidas em outro fluxo, sem passar pela recepção da UPA, evitando contato com pacientes que não estejam em risco de contaminação. E os profissionais também já vão receber esta pessoa seguindo os protocolos para atendimento de suspeita da Covid 19”, explica.


 

Feliciano comenta ainda que um fluxo menor de pessoas nas Unidades de Pronto Atendimento evita também a geração de possíveis situações de conflitos. “Muitas pessoas chegam estressadas ou ficam nervosas por terem que esperar e agora ainda tem o risco do coronavírus. Então alguns terminam se exaltando, principalmente quando são referenciados para um centro de saúde”, conta o coordenador da UPA Sul.


 

Exercício da função

 

 

O coordenador da UPA Sul, Feliciano Sousa Pereira, lembra que é preciso ficar atento, uma vez que o desacato ao servidor público no exercício de sua função, ou em razão dela, constitui crime conforme consta no Código Penal Brasileiro, com previsão de pena de detenção de seis meses a dois anos, ou pagamento de multa, a depender da gravidade.

 


“O critério que estamos adotando é que quando um paciente chega sem gravidade, o encaminhamos ao serviço social para que ele seja referenciado a Unidade de Saúde de sua região, desafogando o fluxo das UPAs”, diz ele.

 

Feliciano explica que os profissionais de saúde estão atentos sobre a pandemia da Covid-19, seguindo recomendações e empregando todo o esforço possível para absorver a demanda de atendimento. Mas ele lembra que neste momento, especialmente, é necessária a colaboração da população, para que a crise seja superada o quanto antes e com o mínimo de sequelas possíveis.