Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Emprego
Autor: Ascom Sedem | Publicado em 16 de setembro de 2014 às 10:45
Aconteceu nesta segunda-feira, 15, no Instituto Federal do Tocantins (IFTO), o primeiro dia de trabalho da Oficina da Rede de Gestores de Políticas Públicas de Economia Solidária, que conta com a participação de cerca de 40 pessoas entre gestores e atuantes em secretarias e projetos correlatos de toda a região Norte. Durante esta terça-feira, 16, os trabalhos continuam, das 9 às 17 horas, com o objetivo de desenvolver ações que promovam a sistematização de experiências e práticas existentes de políticas públicas de Economia Solidária.
Com vista à III Conferência Nacional de Economia Solidária, cujo tema será Construindo um Plano Nacional da Economia Solidária para Promover o Direito de Produzir e Viver de forma Associativa e Sustentável, o evento abordou neste primeiro momento as dificuldades, os desafios e as boas práticas para levar a Economia Solidária a um patamar de maior relevância dentro do cenário econômico brasileiro.
Abrindo os trabalhos, o coordenador do Projeto Fortalecimento da Rede de Gestores, Reynaldo Sorbille, falou sobre a importância da oficina aqui em Palmas. “Esta é a primeira que estamos realizando. Depois daqui, vamos passar por todas as outras regiões, objetivando a oficina nacional em novembro para fazermos uma reflexão sobre a III Conferência Nacional para ajudar a construir uma política que viabilize a participação da sociedade em conjunto com os empreendimentos, as entidades de apoio e os gestores”, pontuou Sorbille, abrindo espaço aos participantes para apresentações.
O secretário executivo da Rede Nacional de Gestores de Políticas Públicas de Economia Solidária, Milton Barbosa, destacou que a rede existe para proporcionar intercâmbio, interlocução, interação, sistematização, proposição de políticas públicas governamentais e a realização de projetos comuns para o fomento e desenvolvimento da economia solidária.
Além disso, a rede contribui para a ampliação do debate e a proposição de ferramentas adequadas dentro do Estado brasileiro para o fomento ao desenvolvimento da economia solidária. “Não basta apenas ajudar a formar empreendimentos econômicos solidários, mas desenvolver a sociedade como um todo para atingir esse objetivo macro, o gestor tem que ter capacidade de dialogar com o governo, abrir caminhos e angariar recursos. Para conseguir recurso é preciso mostrar resultados, ou seja, é um ciclo e quem está envolvido no processo precisa ter força de vontade e ser muito proativo para fazer acontecer”, ressaltou.
Conclusões
Para os palestrantes o que ficou em evidência é que não há uma receita pronta, mas que o gestor público precisa ter muita força de vontade e ser desbravador para que as coisas caminhem, respeitando as particularidades locais e com muito jogo de cintura. “Ser gestor público nessa área é fazer do pouco, muito. É ir atrás de parcerias, fazer contatos com deputados e vereadores, com secretarias. Muitas vezes, é preciso ter mobilização social para se conseguir o recurso”, afirmou Milton Barbosa.
O professor Sandro Sguarezi, representante da UniTrabalho, ressaltou que a lição que fica é a de que “devemos aprofundar o debate e trocar experiências. Nós estamos em um momento de transição e ninguém sabe ainda muito bem como fazer isso. Estamos aprendendo e precisamos encontrar uma forma de dialogar com o Estado e encontrar maneiras de argumentar como a Economia Solidária pode ser uma resposta ao desemprego e à falta de perspectivas. É preciso sensibilizar o gestor público e, depois que você mostra resultados, tudo flui”, concluiu.