Especialista da Semus orienta sobre compra de brinquedos para as crianças

Secretaria Municipal da Saúde

Autor: Redação Semus | Publicado em 20 de dezembro de 2022 às 17:05

Faixa etária adequada, certificação de qualidade e segurança garantem brincadeiras seguras

Com a chegada do Natal, os brinquedos são uma das principais escolhas dos pais e familiares para presentear as crianças, mas existem alguns fatores que devem ser observados durante a compra para que os presentes não ofereçam riscos à saúde. Para evitar acidentes, a especialista em pediatria da Secretaria Municipal da Saúde (Semus), Bruna Leal, dá orientações para a decisão correta.

Segundo a pediatra, a capacidade, interesse e habilidades da criança devem ser levadas em consideração, mas o adulto também deve estar atento à indicação da faixa etária do produto, assim como certificação de qualidade e segurança do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). “Um brinquedo para crianças de cinco anos, por exemplo, pode ter peças pequenas ou soltas e não deve ser dado para bebês, pois eles, geralmente, levam objetos até a boca", explica.

Além dos cuidados na hora da compra, a pediatra Bruna também enfatiza que o armazenamento dos brinquedos deve ser algo que os pais precisam se preocupar e enfatiza guardá-los após as brincadeiras para evitar tropeços e/ou quedas. Acomodá-los em caixas seguras com tampas removíveis, longe de escadas, janelas ou cômodas para não serem escaladas é a melhor opção, segundo ela. Para crianças maiores, o acondicionamento deve ser em prateleiras altas ou armários com travas.

 

Fique atento
Os pais também devem observar se há informações sobre a composição do material ou presença de elementos tóxicos ou inflamáveis, inclusive se as instruções sobre o uso dos brinquedos estão claras. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), enumerou os principais tipos de acidentes provocados com brinquedos em crianças.

O primeiro são perfurações, cortes, lacerações, contusões; seguido de asfixia, sufocação, aspiração ou ingestão do todo ou parte do brinquedo; em terceiro, afogamentos; em quarto são as intoxicações por chumbo contido em tintas; em quinto estão os acidentes de captação (dedos, roupas e cabelos) causados por molas, dobradiças ou rodas denteadas; em sexto são as queimaduras; em sétimo, os choques elétricos; em oitavo, explosões por produtos químicos e por último, secundárias a projéteis.

A SBP ainda ressalta que existem outros acidentes que são comuns nas unidades de urgência e emergência, mas não foram listados os que são provocados por ímãs e metais pesados. A doutora Bruna comenta que se a criança sofrer algum incidente, deve procurar imediatamente alguma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) que funciona 24 horas por dia ou em casos mais graves ou que a criança esteja desacordada, acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) pelo telefone 192 que também funciona em período integral.

O enfermeiro socorrista do Samu Mauro Maués explica que na ligação para a emergência algumas orientações já são passadas para os pais tomarem até a chegada do serviço, mas ele esclarece que as instruções variam de acordo com o tipo de acidente. “Em casos de engasgos a conduta a ser feita é a manobra de Heimlich em crianças e, em bebês, palmadas nas costas. Para ferimentos grandes é necessário que seja feita uma lavagem com água e sabão e em seguida fazer compressão com pano limpo para estancar o sangue. Em casos de queimaduras, a orientação inicial é fazer um resfriamento com água corrente”, exemplifica Maués.