Especialistas alertam sobre prevenção e tratamento do câncer de mama e colo do útero

Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas

Autor: Redação Fesp | Publicado em 18 de outubro de 2019 às 10:50

Na segunda-feira, 21, médicas especialistas farão palestras no Amas para abordar a prevenção, diagnóstico e o tratamento do câncer 

Com o crescente número de novos casos por ano no Brasil, o câncer do colo do útero e de mama, os mais comuns entre as mulheres, é a quarta causa mais frequente de morte pela doença em todo o mundo, segundo informações do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Em Palmas, o número de casos dos dois tipos da doença tem aumentado e também assusta e desperta preocupação entre os especialistas e pesquisadores do Núcleo de Práticas baseadas em Evidências Científicas da Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas (Nupec/Fesp).

 

Para abordar sobre a prevenção, o diagnóstico e o tratamento do câncer de mama e colo do útero, a médica especialista em mastologia Tatiana Ferrari e a ginecologista Francielle Batista farão palestras na próxima segunda-feira, 21, a partir das 14 horas, na sede do Amas, para os pacientes e acompanhantes que são atendidos no Ambulatório. Na ocasião, as médicas também irão atender pacientes vulneráveis e com alterações no colo no útero e na mama.

 

As especialistas, que atendem no Ambulatório Municipal de Atenção à Saúde (Amas), explicam que embora seja um tema difícil de tratar abertamente, é importante falar sobre o câncer, pois pode ajudar a esclarecer mitos e verdades da doença. “Notamos que muitas pacientes, por medo ou desconhecimento, preferem não falar no assunto, e acabam atrasando o diagnóstico. Sabemos que quando a doença é identificada e tratada oportunamente, as taxas de mortalidade podem ser reduzidas, permitindo maior probabilidade de cura”, orienta a médica Tatiana Ferrari.

 

A mastologista Tatiana lembra ainda que o câncer de mama não tem uma alteração única. É uma doença resultante da multiplicação de células anormais da mama, que formam um tumor com potencial de invadir outros órgãos. “Há vários tipos de câncer de mama. Alguns se desenvolvem rapidamente e outros, não. É o tipo mais comum, depois do câncer de pele, e também o que mais acomete as mulheres”, observa a especialista.

 

Segundo a mastologista o diagnóstico positivo para a paciente é sempre uma notícia impactante, mas é importante estar bem informado para conversar com a equipe médica sobre as opções de terapias disponíveis e mais apropriadas para o caso.

 

Tatiana Ferrari destaca alguns fatores que aumentam o risco da doença. “Envelhecimento, alterações relacionadas à vida reprodutiva da mulher, história familiar de câncer de mama, alta densidade do tecido mamário (razão entre o tecido glandular e o tecido adiposo da mama), são os mais bem conhecidos fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de mama. Além desses, consumo de álcool, excesso de peso, sedentarismo e exposição à radiação ionizante também são considerados agentes potenciais para o desenvolvimento do câncer”, pontuou complementando que a idade continua sendo um dos mais importantes fatores de risco.

 

A ginecologista Francielle Batista lembra que a prevenção do câncer no colo do útero pode ser feita de duas formas: por meio da vacina contra o HPV, recomendada pelo Ministério da Saúde (MS), e pela forma tradicional, que consiste na detecção precoce. Esta consiste no rastreamento do câncer inicial e de suas lesões precursoras, prática que reduziu substancialmente a incidência do câncer de colo do útero em vários países desenvolvidos.

 

 

Edição: Iara Cruz