ETI Fidêncio Bogo doa pescado para famílias de alunos em vulnerabilidade social

Secretaria Municipal da Educação

Autor: Redação Semed | Publicado em 29 de abril de 2020 às 16:58

Foram doados 200 quilos de peixe tambatinga 

Familiares de alunos da Escola de Tempo Integral (ETI) Fidêncio Bogo receberam na manhã desta quarta-feira, 29, a doação de aproximadamente 200 quilos de peixe tambatinga, que seriam destinados à alimentação escolar. Banana, mandioca e milho produzidos nas experiências agroecológicas do projeto Roça na Escola, além de alimentos oriundos da merenda escolar, compõem as cestas básicas entregues às 60 famílias em situação vulnerabilidade, que já são acompanhadas pela gestão da escola. Esta é a terceira doação de alimentos realizada desde a suspensão das aulas em virtude da pandemia de coronavirus (Covid19), a primeira que inclui o pescado.

 

 

Os peixes são produzidos desde 2017, em parceria entre a ETI Fidêncio Bogo, Secretaria de Desenvolvimento Rural (Seder) e Embrapa em dois tanques de piscicultura localizados na escola e outros dois na Agrotins. A experiência permite o desenvolvimento das pesquisas acerca da espécie escolhida, atividades extraclasse, além do enriquecimento do cardápio dos alunos. Os alimentos produzidos no Roça na Escola não consumidos no local, mas destinados a outras unidades escolares.

 

 

A diretora Joselaine Queli Fiamett ressalta que a introdução do pescado na alimentação escolar é uma das propostas da escola. Inaugurada em agosto do ano passado, esta seria a terceira vez em que o peixe seria servido na merenda. “Os peixes, preparados em forma de tortas e risotos, sem espinhas, tiveram uma boa aceitação pelos alunos. Este seria o momento de promover mais uma capacitação para as merendeiras e oferecer novamente o peixe no cardápio, mas a doação também atende a uma causa nobre”, disse.

 

 

Espécie híbrida

 

 

A espécie tambatinga (C. macropomum x P. brachypomus) é resultado do cruzamento induzido entre a fêmea do Tambaqui (Colossoma macropomum) e o macho da Pirapitinga (Piaractus brachypomus), duas espécies amazônicas. O resultado é um híbrido com boas características comerciais, com corpo arredondado, corais prateados e com pigmentação avermelhada na parte frontal (peitoral), que pode ultrapassar dois quilos.

 

 

Segundo o engenheiro agrônomo Daniel Alves, responsável na escola pela condução da pesquisa, a tabatinga apresentou um desenvolvimento satisfatório para o ambiente de Palmas. “Todas as instituições envolvidas na pesquisa ficaram satisfeitas com os resultados, e ainda temos alimento de qualidade para os alunos. Os demais peixes em crescimento, em caso de manutenção da suspensão das aulas, também devem ser doados às famílias mais necessitadas”, concluiu.