
Exposição fotográfica de alunos da Rede Municipal de Ensino aborda o protagonismo infanto-juvenil
O projeto visa estimular o protagonismo infanto-juvenil por meio do voluntariado, empreendedorismo e educação
A Escola Municipal de Tempo
Integral (ETI) Daniel Batista, localizada na quadra Arne 64 (508 Norte), iniciou
nesta segunda-feira, 28, a mostra fotográfica produzida por alunos da rede como
resultado das abordagens feitas durante o projeto ‘Nas Trilhas da Cidadania’. O
projeto teve o propósito de estimular o protagonismo infanto-juvenil por meio
do voluntariado, empreendedorismo e educação em valores éticos e de cidadania,
sob criação e execução da Organização Não Governamental (ONG) Parceiros
Voluntários, com a colaboração da Secretaria Municipal da Educação (Semed).
A exposição, que reúne 50
fotografias que revelam como o trabalho voluntário impacta a vida e os valores
desses estudantes, segue na unidade até 1° de novembro. Posteriormente, a
Mostra será realizada nas demais escolas parceiras do projeto de forma
itinerante, permanecendo uma semana em cada uma delas. A ETI Caroline Campelo recebe a mostra a
partir de 04 de novembro, a ETI Crispim Pereira de Alencar a partir de 11 de
novembro, a ETI Padre Josimo inicia em 18 de novembro e a ETI Eurídice Ferreira
de Mello, em 25 de novembro.
Os registros fotográficos
retratam o olhar dos cerca de 170 alunos envolvidos no projeto. De acordo com o
professor Olivelton Souza, integrante da comunidade escolar da ETI Daniel
Batista e expectador da exposição, os alunos conseguiram expressar o resgate
cultural, com a abordagem de questões locais e situações do cotidiano
estudantil. Eles retrataram a origem da comunidade a que pertencem, advinda do
Povoado Canela, a xenofobia, por vivenciarem a chegada de uma colega advinda da
Venezuela, e as questões ambientais, como as queimadas retratadas nas imagens e
tão comuns na cidade, explica Souza.
A aluna Maísa Sousa, 14
anos, estudante do 9º ano da ETI Daniel Batista, representou seus colegas no
evento de abertura e relatou o seu desenvolvimento pessoal em relação à
responsabilidade, ao amadurecimento perante as questões abordadas no projeto,
da possibilidade que teve de ampliar o conhecimento e de como valorizar ainda
mais sua comunidade. A estudante Nicoli Lopes contou aos presentes parte de sua
história em ter de deixar o seu país natal, da oportunidade de participar da
ação e de como é importante reconhecer o próximo com humanidade.
Segundo o superintendente da
ONG Parceiros Voluntários, José Alfredo Nahas, os trabalhos buscam fortalecer
os agentes das comunidades e as escolas têm fator determinante. De acordo com
Nahas, as ações desenvolvidas somam cerca de 16 anos de atuação por meio do
Programa Valores na Educação, por meio do trabalho de educação para a
cidadania, protagonismo infanto-juvenil, mostrando que esses jovens podem sim
fazer modificações e promover ações de impacto positivo nas suas comunidades.
Edição: Iara Cruz