Exposição Palmas Memória em Construção exibe resgate histórico da Capital no Museu Casa Suçuapara

Fundação Cultural de Palmas

Autor: Samara Martins | Publicado em 28 de fevereiro de 2019 às 17:19

Instalado no Parque Cesamar, o Museu foi sede da primeira Prefeitura de Palmas e da Câmara Municipal


Em 2019 Palmas completa seus 30 anos, uma cidade que partiu do zero, e que acumula índices de crescimento de desenvolvimento socioeconômico.  Parte desta história está registrada no Museu Casa Suçuapara, que exibe a exposição, Palmas – Memória em Construção, iniciada nesta quarta-feira, 27. A mostra também marcou a reabertura do Museu, que passou por uma reforma, com recursos do Ministério da Cultura, mas preserva suas características arquitetônicas originais.


Formada principalmente por imagens fotográficas e objetos do acervo próprio do Museu, Palmas Memória em Construção, apresenta aspectos da formação da cidade, os caminhos que a cidade percorreu e o resgate histórico, que não está nos registros oficiais. “O trabalho na construção da cidade e os rostos anônimos que participaram desse processo, com uma preocupação com o aspecto humano”, explica o analista de Acervo Histórico do Museu, Antônio Filho. Para a abertura o Museu passou por uma reforma, que incluiu a compra de expositores, placas, entre outros, com recursos do Ministério da Cultura.


A reabertura foi marcada pela presença de integrantes da Associação dos Pioneiros de Palmas, do superintendente do Instituto de Preservação do Patrimônio Histórico (Iphan), Marco Zimerman, do presidente da Agência de Turismo, Cultura e Economia Criativa do Tocantins, Tom Lira, do superintendente de Cultura do Tocantins, Sebastião Vieira de Melo,  secretários municipais, entre outras autoridades.

 

Resgate da Memória

 

Para a presidente da Associação de Pioneiros de Palmas, Luara Aquino, a reabertura do Museu Casa Suçuapara é fundamental para mostrar como a cidade chegou até o presente. “A gente percebe que está tendo um cuidado com a cidade, com o pioneirismo, em manter a memória histórica daquilo que foram os primeiros dias, o que fez possível uma cidade tão pujante que hoje é Palmas.  A gente enche de orgulho de ver essa memória aqui, para que todos possam se apropriar”, disse.


Também pioneiro em Palmas, o superintendente de Cultura do Estado do Tocantins, Vieira de Melo, ressaltou a importância do registro e da preservação histórica da cidade. “Esta reabertura é um passo muito importante, tanto para relembrar quem participou, tanto para estimular a nova geração a preservar essa memória. Dizem que um povo sem memória é um povo sem passado, é um povo sem futuro, e nós precisamos ensinar isso, preservar a história.”


Já o presidente do Iphan, Marco Zimermam  agradeceu a parceria do Município na preservação do Patrimônio Histórico. “A gente precisa da ajuda do município para proteger o patrimônio, que é a identidade de um local, e o município tem se saído muito bem”, afirmou.


“Nós temos a sorte de Palmas ter nascido num tempo em que já era fácil preservar a história, e isto é fundamental. A gente só consegue se entender no presente, e, portanto, construir um futuro consciente e verdadeiro, uma identidade, se a gente resgata a memória, a história. Isto  é preservação”, concluiu o presidente da Fundação Cultural de Palmas, Giovani Assis.

 

Museu Casa Suçuapara

 



Instalado no Parque Cesamar, o Museu Casa Suçuapara foi sede da antiga Fazenda Triângulo, localizada onde foi construída a Capital do Tocantins. Após a desapropriação de todas as propriedades para a implantação de Palmas, essa Casa foi a única que permaneceu erguida dentro do Plano Diretor e serviu de palco para tomada de decisões governamentais no início da construção da cidade. Foi sede da primeira Prefeitura e Câmara Municipal de Palmas, de janeiro a maio de 1990. Depois disso, funcionou como sede da Legião Brasileira de Assistência (LBA), além de outros usos. Após diversas manifestações populares a favor da preservação do bem, o município efetivou o tombamento definitivo da Casa Suçuapara através do Decreto nº 67, de 16 de março de 2005.     


O Museu fica aberto para visitação das 13 às 19 horas. Visitas de escolas, universidade e outras instituições, em horários especiais, fora do horário de funcionamento, podem ser agendadas através do e-mail fcp.palmas@gmail.com.

 

 




Edição e postagem: Lorena Karlla