I Encontro de Enfermagem Obstétrica e Neonatal do Tocantins discute problemas e soluções no parto

Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas

Autor: Redação Fesp | Publicado em 07 de dezembro de 2021 às 11:17

Evento foi realizado pelo Coren, em parceria com a Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas

Intercorrências obstétricas, hemorragia pós-parto e consulta de enfermagem foram alguns assuntos abordados no I Encontro de Enfermagem Obstétrica e Neonatal do Tocantins, realizado pelo Conselho Regional de Enfermagem do Tocantins (Coren-TO), em parceria com a Prefeitura de Palmas, por meio da Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas (Fesp). Com 130 inscritos, o evento foi realizado na segunda-feira, 06, no auditório da Fundação.

A palestra com o enfermeiro Paulo José, do Coren-PI, ‘Emergências Obstétricas: resolvendo distócias’ abriu o encontro e promoveu debate sobre o tema, que remete a alterações no bom andamento do parto como no tamanho do feto; posição fetal; distócia de dilatação; distócia de ombro e outras e possíveis manobras para sanar tais problemas. “Na distócia do ombro podemos obter êxito de até 60% dos casos com a manobra de McRoberts que é quando levantamos as pernas da parturiente associada à manobra de Rubin I, que é aplicação de pressão suprapúbica”, disse o enfermeiro Paulo José.

A experiência exitosa do Rio de Janeiro foi apresentada pela enfermeira Cristiane Freires do Coren-RJ que falou sobre ‘Transporte do Rede Cegonha no RJ’ em sua palestra que explicou que o projeto conta com uma ambulância toda adaptada para a obstetrícia que, inicialmente, só atendia baixo risco e as grávidas de alto risco eram atendidas pelo Samu. Com o tempo todas elas queriam a assistência, por isso ficou pactuado que mesmo a gestante de alto risco teria acesso ao transporte da Rede Cegonha Carioca”, explicou Cristiane.

A gestante do Cegonha Carioca faz visita à maternidade onde conhece a sala de pré-parto, sala conjunta, conhece toda a rede e tira todas as dúvidas, e ao final tem um momento com a equipe de nutricionista em um café da manhã. “O papel do enfermeiro é fundamental para a gestante. No dia do parto, por mais que elas estejam com dor, quando elas chegam para o parto, já chegam com memória afetiva de acolhimento que é feito desde a visita ainda na gestação”, finalizou a palestrante.

“Parcerias como estas com o Coren-TO nos deixam muito felizes e gratas, pois este evento tem como tema central um dos nossos programas, a Residência em Enfermagem Obstétrica. Então, podemos colaborar de forma ainda mais efetiva com uma ação que visa qualificar enfermeiros de todo o estado e também nossos próprios residentes”, destacou a presidente Marttha Ramos. 

A Fesp conta com 11 residentes na REO, dentre eles, o enfermeiro residente participante do encontro Tiago Borges, que atua na Unidade de Saúde da Família Santa Fé e no Hospital e Maternidade Dona Regina. “ Sou enfermeiro há 12 anos e percebo que a residência agregou muito a minha atuação profissional por meio de capacitações, aprimoramento. Como no caso da obstetrícia, muitos problemas no parto podem ser evitados no pré-natal e se nós como profissionais não soubermos como conduzir podemos causar traumas”, avaliou. 

O Encontro foi encerrado com as palestras da mestra em Saúde da Mulher e conselheira secretária do Coren-PE, enfermeira Thaíse Torres, que tratou das ‘Emergências Obstétricas: resolvendo hemorragias pós-parto’ e ‘Consulta de Enfermagem em Casa do Parto Natural (CPN)’.