Secretaria Municipal de Finanças
Autor: Andréia Rocha | Publicado em 27 de dezembro de 2016 às 12:01
Discutida com diversas entidades
representativas, a Lei de Revisão da Planta de Valores Genéricos, que tratará
dos valores do IPTU para 2017, prevê que haja redução de 15% nos imóveis
residenciais e 20% nos comerciais. Durante três meses, a Comissão de Revisão
verificou a situação dos imóveis e definiu os respectivos valores venais, adotando
como parâmetro a Planta de Valores vigente, com adequação aos preços que estão
sendo praticados atualmente no mercado.
A Nova Planta de Valores Genéricos,
cujo Projeto de Lei foi encaminhado à Câmara Municipal neste mês de dezembro,
aponta que haverá queda no valor dos imóveis em todas as regiões da Cidade. E,
para compensar a queda de arrecadação, o titular da Secretaria Municipal de
Finanças, Cláudio Shüller, explica que não será concedido desconto para as
grandes glebas de especulação, ou seja, para os grandes proprietários de áreas.
“Aqueles que não incorporaram até agora, terão que pagar integralmente, sem
redutor”, declarou o secretário.
Já para os imóveis centrais, Shüller
ressalta que haverá redução de desconto, como medida necessária para equilibrar
a justiça fiscal do Município. “Reduzir o desconto para estas áreas será uma
medida para compensar a queda do valor a ser arrecadado. Porém, mesmo assim,
esta medida não terá um grande impacto para estes proprietários, porque o valor
de seus imóveis também vai diminuir, reduzindo consequentemente o valor do IPTU
a ser cobrado.”
Sobre os setores populares, o titular
de Finanças ressalta que também haverá redução do IPTU. “Esses setores também
terão redução no IPTU, seguindo o cenário atual de queda do valor dos imóveis.
Além disso, o cidadão será beneficiado com a manutenção do redutor.” Shüller
ainda destacou que, somente neste ano, 19 mil contribuintes tiveram a isenção
do IPTU, devido a medidas de cobranças a grandes devedores na Capital, o que
possibilitou reordenamento da cidade e melhora nas políticas fiscais dentro do
Município.
Para o prefeito Carlos Amastha, a
discussão da Nova Planta de Valores esteve alicerçada nos valores de mercado,
assegurando a total coerência. “Anualmente, é necessário proceder à
validação da Planta de Valores, porque o mercado muda, e desde a última atualização,
o mercado mudou negativamente, os preços dos imóveis caíram e isso tem que ser
refletido nos impostos”, pontuou o gestor municipal, reforçando ainda que a
construção da Nova Planta de Valores foi feita em conjunto com a sociedade
civil organizada.
Durante a entrega do relatório final,
ficou claro que, mesmo após a aprovação dos novos valores pelo Poder
Legislativo, qualquer cidadão que discorde poderá recorrer na Secretaria
Municipal de Finanças pedindo a revisão dos valores, por meio da Reclamação de
Lançamento.
Planta de Valores
A Planta de Valores é a denominação
genérica de uma fórmula de cálculo que possibilita a obtenção dos valores
venais de todos os imóveis urbanos de um município a partir da avaliação
individual de cada uma dessas propriedades.
O documento foi elaborado pela
Comissão de Revisão, com representantes do Conselho Regional de Corretores de
Imóveis (Creci), Sindicatos das Indústrias de Construção no Tocantins
(Sinduscon), Associação Comercial e Industrial de Palmas (Acipa), Conselho de
Inovação e Desenvolvimento Econômico de Palmas (Cidep), Universidade Federal do
Tocantins (UFT), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do
Tocantins (IFTO), Defensoria Pública do Estado e Poder Executivo. Outras
entidades foram convidadas, mas não se fizeram presentes.
A Comissão foi instituída por meio do
Decreto Municipal 1.284, de 19/09/2016, com objetivo de proceder os
estudos para a atualização da Tabela de Valores.