Secretaria Municipal da Saúde
Autor: Redação Semus | Publicado em 01 de julho de 2019 às 11:24
Rodas de conversas e testagem rápidas em grande parte dos Centros de Saúde da Comunidade da Capital farão parte das ações
Julho foi adotado
pelo Ministério da Saúde e pelo Comitê Estadual de Hepatites Virais como o mês
de luta e prevenção das hepatites virais. Para reforçar as ações de prevenção
às hepatites virais a Secretaria da Saúde de Palmas (Semus), por meio da equipe
do Grupo Condutor de Doenças Infectocontagiosas farão a partir desta
segunda-feira, 1º, palestras, rodas de conversas e testagem rápidas em grande
parte dos Centros de Saúde da Comunidade da Capital.
Segundo a biomédica
sanitarista Fernanda Fernande,s que compõe o grupo condutor, a falta do
conhecimento da existência da doença é o grande desafio, por isso a
recomendação é que todas as pessoas com mais de 45 anos de idade façam o teste
gratuitamente em qualquer unidade básica de saúde e, no caso positivo, façam o
tratamento que está disponível na rede pública de saúde.”Vamos intensificar
ações prevenção durante o mês de julho, mas não significa que a prevenção à
doença deva ser menor nos demais meses do ano, muito pelo contrário, a cada dia
deve-se aumentar a atenção porque as hepatites virais são as principais causas
de câncer no fígado”, observa.
Haverá também ações
em salões de beleza para orientar manicures e pedicures sobre práticas seguras
no ambiente de trabalho, buscando prevenir tanto o profissional quanto seus
clientes. Prevenção e vacinação contra hepatites virais e convite para testagem
nos CSCs para os trabalhadores e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com o
Ministério da Saúde, três milhões de brasileiros estão infectados pela hepatite
C, mas não sabem que têm o vírus. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima
que cerca de 3% da população mundial, seja portadora de hepatite C crônica.
Sobre
as hepatites
Hepatite C – Pelo
grau de gravidade, a hepatite C merece uma atenção especial. Ao contrário dos
demais vírus que causam hepatite, o vírus da hepatite C não gera uma resposta
imunológica adequada no organismo, o que faz com que a infecção aguda seja menos
sintomática, mas também com que a maioria das pessoas que se infectam se tornem
portadores de hepatite crônica, com suas consequências a longo prazo.
Hepatite C é a
inflamação do fígado causada pela infecção pelo vírus da hepatite C (VHC ou
HCV), transmitido através do contato com sangue contaminado. Essa inflamação
ocorre na maioria das pessoas que adquire o vírus e, dependendo da intensidade
e tempo de duração, pode levar a cirrose e câncer do fígado.
Tipos – Cinco são os
tipos mais comuns de hepatites virais (A,B,C,D e E) e no caso a hepatite B, já
há vacina disponível nos postos de saúde para pessoas de até 50 anos de idade.
Além destes tipos são registrados ainda dois outros: o F que apesar de estudos
recentes não terem configurado sua existência, sendo, portanto descartado, mas
não eliminado da literatura médica, e o tipo G.
– Hepatite A, que tem
o maior número de casos, está diretamente relacionada às condições de
saneamento básico e de higiene. É uma infecção leve e cura sozinha. Existe
vacina.
– Hepatite B, o
segundo tipo com maior incidência, atinge maior proporção de transmissão por
via sexual e contato sanguíneo. A melhor forma de prevenção para a hepatite B é
a vacina, associada ao uso do preservativo.
– Hepatite C, tem
como principal forma de transmissão o contato com sangue. É considerada a maior
epidemia da humanidade hoje, cinco vezes superior à AIDS/HIV. A hepatite C é a
principal causa de transplantes de fígado. Não tem vacina. A doença pode causar
cirrose, câncer de fígado e morte.
– Hepatite D, causada
pelo vírus da hepatite D (VHD) ocorre apenas em pacientes infectados pelo vírus
da hepatite B. A vacinação contra a hepatite B também protege de uma infecção
com a hepatite D.
– Hepatite E, causada
pelo vírus da hepatite E (VHE) e transmitida por via digestiva (transmissão
fecal-oral), provocando grandes epidemias em certas regiões. A hepatite E não
se torna crônica, porém, mulheres grávidas que foram infectadas pelo vírus da hepatite
E podem apresentar formas mais graves da doença.
Prevenção – O alerta
do Ministério da Saúde é para que a prevenção se torne um hábito,
principalmente para evitar que a doença evolua para uma situação mais grave
pela falta de diagnóstico ou diagnóstico tardio, quando a doença já está em
estado avançado.