
Mais de 40 mil imóveis já foram inspecionados pelos agentes de combate às endemias na Capital
Desde o início do período chuvoso, a Semus intensifica as ações com mutirões em toda cidade
Envolver a comunidade no
combate ao Aedes aegypti tem sido o
foco da Secretaria Municipal de Saúde de Palmas que desde o final de novembro
do ano passado, quando iniciou o período chuvoso, vem realizando mutirões em
diversas quadras da cidade. Mais de 40 mil imóveis já foram inspecionados pelos
agentes de combate às endemias da Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses
(UVCZ). Nesta sexta-feira, 25, os mutirões seguem nas Arsos 23 e 102, Arses 12
e 75, e Arnos 32, 33 e 44.
E os mutirões continuam com
os agentes batendo de porta em porta, vistoriando os quintais e orientando os
moradores. Nesta quinta-feira, 24, uma das quadras visitadas foi a Arno 33,
onde mora a dona Maria Oneide Soares, exemplo a ser seguido. Ela apara água da
chuva em um tambor, sempre coberto com tecido TNT. “Tenho minhas aves de
estimação que fazem uma certa bagunça, então uso essa água para lavar o quintal
que é todo cimentado. Cubro justamente para não dar brecha para esse mosquito
que é perigoso. Aqui até a lixeira é coberta, depois recolho e coloco lá na
frente no dia em que o caminhão passa”, conta.
Sempre que chove, a dona de
casa Maria de Jesus Almeida vistoria o quintal dela para ver se tem algum
objeto com água. “É incrível como esse mosquito se reproduz rápido. Aqui eu
tenho o maior cuidado, parou de chover já dou uma olhada e descarto tudo que
pode virar criadouro para ele”, ressalta.
Outra moradora da Arno 33
que não baixa a guarda para o Aedes é a dona de casa Maria das Graças Guimarães.
“A gente sabe que os índices de notificações de dengue estão altos, tem muita
gente adoecendo e muito mosquito também. Hoje mesmo estou aqui limpando meu
lote para não correr risco de adoecer”, afirma.
Na frente da casa do
sindicalista Haroldo Fernandes tem uma área verde, com mangueiras bastante
produtivas. “Esse pé de manga dá muito fruto, caem muitas folhas também. Então
passei a cuidar daqui, cultivando outras plantas e sempre varrendo as folhas,
porque parece que quando está limpo, as pessoas respeitam mais e não jogam
lixo”, diz Fernandes, que considera as orientações dos agentes de endemias
importante no sentido de conscientizar a população sobre os riscos de doenças.
Durante os mutirões, quando
os agentes se deparam com imóveis fechados, eles anotam o endereço e telefone
das placas aluguel para agendar visitas posteriormente. “Temos uma equipe só
para esse tipo de vistoria. Sempre que a gente encontra casa para alugar preenchemos
um formulário próprio e repassamos para a equipe. Para os imóveis abandonados
fazemos o mesmo em outro formulário”, explica o agente de combate às endemias,
Divino Maia.
Os imóveis para aluguel ou venda são inspecionados por meio de agendamento com imobiliárias e também ocorre o ingresso forçado nos imóveis fechados/abandonados.
Edição e postagem: Iara Cruz