Moradores da Arno 43 recebem orientações durante mobilização social de combate ao Aedes aegypti

Secretaria Municipal da Saúde

Autor: Redação Semus | Publicado em 22 de março de 2019 às 15:47

A ação, que envolve vários órgãos da Prefeitura, será realizada também na próxima semana na região Sul da Capital


“Não pode dar mole para esse mosquito, ele não perde tempo. Sempre que chove eu já vistorio o quintal e elimino qualquer água parada. Tenho muitas plantas, cuido muito delas, os vasos das plantas estão sempre secos. Moro nessa casa há 19 anos, aqui nunca ninguém adoeceu, justamente porque não deixo água parada e gostaria muito que os vizinhos tivessem o mesmo cuidado”, ressaltou Neide Soares, moradora da Arno 43, umas das quadras visitadas pelos agentes de Combate às Endemias durante a Mobilização Social para o Combate ao Aedes Aegypti, realizada pela Prefeitura de Palmas na região das Arnos.



Outro morador que recebeu a visita dos agentes foi o mecânico Luiz Pereira. “É muito importante essa visita porque nos deixa em alerta e lembra que a gente deve fazer nossa parte. Vou seguir todas as dicas que o agente me deu”, disse Pereira, que recebeu as orientações do agente de Endemias, Raimundo Zacarias. “Nenhuma larva foi encontrada, mas tem objetos no quintal que são propícios para criadouros do mosquito que se não forem retirados e chover hoje, daqui uns três dias já terá larvas”, explicou.



O secretário executivo de Saúde, Frederico Silvério, lembrou que 70% dos focos estão dentro das residências. “Essa mobilização aqui é intersetorial, com várias pastas da Prefeitura, mas é fundamental que o morador faça sua parte. Esse ano nós vamos intensificar as ações não só no período chuvoso, mas ao longo do ano, para que no período de chuvas seguinte não tenhamos tantos casos como estamos tendo agora”, afirmou.



A coordenadora de Controle Vetorial da Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses (UVCZ), Lara Betânia, reforçou a importância do envolvimento da comunidade. “Nós estamos hoje com uma grande mobilização envolvendo vários órgãos da Prefeitura nessa área que é bastante crítica na cidade. A gente está trabalhando com o intuito de conscientizar a população acerca da importância dela nesse processo de combate ao vetor. Se a população não ajudar, nós não daremos conta sozinhos”, disse.



Se depender dos presidentes das associações de moradores da região Norte, a situação atual vai mudar e as quadras passarão a serem exemplos de combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. “O problema está dentro das casas, todos nós sabemos disso. Enquanto representantes, cobramos do poder público todas as situações que compete a ele, mas quanto à dengue, o morador precisa comparecer, fazer a sua parte também”, ressaltou o presidente da Associação de Moradores da Arno 72, Erenal Barbosa.



A ação



A Mobilização conta com as parcerias das Secretarias Municipais de Saúde (Semus), da Educação (Semed), de Infraestrutura e Serviços Públicos (Seisp), de Desenvolvimento Urbano, Regularização Fundiária e Serviços Regionais (Sedurf), de Desenvolvimento Social (Sedes) e da Comunicação e também da Fundação de Meio Ambiente (FMA), Defesa Civil, Guarda Metropolitana de Palmas (GMP) e Associação de Moradores. Na próxima sexta, 29, a mobilização será feita na região Sul da Capital.



Durante a ação, os agentes de Combate às Endemias fazem visitas domiciliares aos imóveis e com o apoio dos fiscais da Vigilância Sanitária, vistoriam os estabelecimentos comerciais e pontos estratégicos como borracharia, ferro velho, pontos de reciclagem e hortas comunitárias. Simultaneamente ocorre a fiscalização de Obras e Posturas e limpeza de áreas públicas com as equipes da Seisp.

 

 

Dados na Capital

 

Quanto aos números, o Boletim Epidemiológico da Semus aponta que nas dez primeiras semanas do ano foram 6.537 notificações de dengue, com confirmação de 2.132 casos; 397 notificações de chikungunya, sendo dois confirmados; e 702 notificações de zika, sendo confirmado apenas um caso.



O último Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa) feito em fevereiro apontou um índice de infestação predial de 3,7, menor que o registrado em novembro de 2018 que foi de 4,1.



O número de notificações para dengue também começa a diminuir na Capital, a maior quantidade foi registrada na sexta semana, 843 casos notificados no total; já na décima semana, foram 564 notificações para dengue.






Edição e postagem: Lorena Karlla