Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos
Autor: Wédila Jácome | Publicado em 28 de abril de 2016 às 15:15
Devido a vulnerabilidade do veículo,
que não oferece nenhuma segurança, motociclistas estão mais expostos aos
perigos do trânsito. Em 2015, 66% dos acidentes com vítimas graves e fatais em
Palmas tiveram o envolvimento de motos. Além da fragilidade, a velocidade e a
falta do uso de equipamentos de segurança somam a essa preocupante estatística.
E apesar do elevado número, o índice já chegou a ser maior, a exemplo dos anos
de 2013 e 2014.
Diante a essa realidade, o “mote” do
material publicitário do movimento Maio Amarelo em Palmas faz um alerta ao uso
dos equipamentos de segurança por parte dos motociclistas, com os dizeres:
“Saia da estatística ou pague mais que uma multa”.
O material chama a atenção para uso
correto dos equipamentos de segurança, como o uso do capacete com viseira
abaixada e devidamente afivelado, o uso de calçados fechados e roupas
adequadas, manter sempre a luz do farol acessa, conduzir sempre com as duas mãos,
não exceder o limite da via e não transportar menor de 7 anos na garupa da
moto.
O agente de Trânsito, Moises
Valadares, ressalta que a fragilidade do veículo e a imprudência por parte de
condutores são fatores determinantes para o alto índice de óbitos de motociclistas.
“Além da falta de proteção da moto, muitos condutores pilotam acima da
velocidade da via, fazem conversões e ultrapassagens perigosas, misturam álcool
e direção, não respeitam a sinalização e ainda não utilizam os equipamentos de
proteção corretamente”.
Infrações
Para o superintendente de Trânsito,
Alexandre Guerreiro, cuidados simples e que estão estabelecidos no Código
Brasileiro de Trânsito podem preservar vidas. “Não é raro encontrarmos nas
avenidas de Palmas, motociclistas sem afivelar corretamente o capacete, sem
usar calçado fechado, sem manter a viseira abaixada. E essas são infrações que
estão sujeitas a autuações, por colocar a vida do condutor em risco”.
Em 2015, das 51 vítimas perdidas na
região urbana da Capital, 26 eram motociclistas, e desses cinco não eram
habilitados, quatro estavam na contramão, cinco conduziam a moto sob efeito de
bebida alcoólica e sete estavam acima da velocidade.
Já neste ano de 2016, já há índices
que apontam uma redução drástica no número de mortes no trânsito. No primeiro
quadrimestre de 2015 foram 15 vítimas fatais contra sete deste ano, no mesmo
período, uma redução de mais de 50%. Em contrapartida o número de envolvimento
com motociclista continua elevado. Das sete vidas perdidas este ano no trânsito
de Palmas, cinco eram condutores de motocicletas.
Para estudiosos, o aumento da frota de uma cidade é um dos fatores determinantes para o crescimento do número de acidentes de trânsito. Na Capital do Tocantins, existem 164.239 automóveis, sendo 43.456 motocicletas e 16.197 motonetas.
O secretário de Infraestrutura, Serviços Públicos, Trânsito e Transporte, Christian Zini, o Município vem investido em ações em prol de reduzir os índices de acidentes graves e fatais. “Com a implantação de um sistema eficiente de monitoramento eletrônico, conseguirmos diminuir em 94% no número de mortes na TO-050, e no perímetro urbano da cidade tivemos uma redução de 41% nos números de acidentes graves e de 30% nos números de acidentes fatais. E queremos reduzir ainda mais esses números”, destacou.
Dados do Projeto Vida no Trânsito
Dados parciais da pesquisa do Projeto
Vida no Trânsito apontam que no ano passado foram 2.993 vítimas leves, 212
vítimas graves e 51 vítimas fatais. A Comissão de Dados do Projeto Vida no
Trânsito ainda não finalizou todo o levantamento de 2015.