Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Serviços Regionais
Autor: Samara Martins | Publicado em 10 de novembro de 2017 às 14:21
Divisão da cidade em macrozonas específicas e em regiões de planejamento estratégico é um dos destaques das propostas da revisão do plano
Quais serão as estratégias para a
implantação do que está sendo planejado na revisão do Plano Diretor? É essa a
discussão que irá ocorrer nesta sexta-feira, 10, e sábado, 11, no II Seminário
de Estratégias e Instrumentos do Plano Diretor, que está acontecendo do
auditório do Parque do Povo. As macrozonas e regiões de planejamento e a
mobilidade urbana foram os temas debatidos durante a manhã.
Participam do evento estudantes,
representantes da sociedade civil organizada, professores, líderes comunitários
e técnicos municipais. Na abertura, a prefeita em exercício, Cinthia Ribeiro,
ressaltou o empenho dos técnicos em discutir amplamente o
planejamento da cidade. “Nós tratamos aqui o desenvolvimento do Município, e
também é muito importante para nós termos a participação da sociedade nesse
processo”, disse.
Já o secretário de Desenvolvimento
Urbano, Regularização Fundiária e Serviços Regionais (Sedurf), Ricardo Ayres,
lembrou que o seminário é uma das etapas finais do processo de revisão do
Plano Diretor. “Estamos finalizando um trabalho que será enviado à Câmara
Municipal. Foi um processo que se construiu de forma participativa e que se
submete a um controle social”, ressaltou.
“Esse não é só um plano diretor. É um
plano estratégico. É importante ressaltar que se tratam de estratégias para
todos os segmentos de desenvolvimento da cidade”, frisou o presidente do
Instituto de Planejamento Urbano Municipal de Palmas, Ephim Shluger.
Macrozoneamento e regiões de
Planejamento
A divisão da cidade em macrozonas
específicas e em regiões de planejamento estratégico é uma das diretrizes
estratégicas propostas na Revisão do Plano Diretor 2017, saindo da “dicotomia
urbano/rural, contando com áreas de transição e serviços específicos”, explica
Shluger.
“As macrozonas identificam as
particularidades de grandes áreas da cidade, levando em consideração critérios
ambientais, físicos, sociais e econômicos para definir o uso macro, que será
regulamentado em regiões de planejamento menores”, explica o geólogo e
integrante da equipe de revisão do PD, Marcus Vinícius Bazonni, ao ressaltar
que são regiões mais detalhadas, com maior identificação do território,
que, no PD atual, que separava o município apenas em rural e urbano.
Na revisão são propostas
macrozonas de conservação ambiental, como a Área de Proteção Ambiental da
Serra de Lageado, Macrozonas de Interesse Rural, Macrozona de Ordenamento
Controlado e Macrozona de Ordenamento Condicionado.
Já as regiões de Planejamento são as
áreas dentro das macrozonas, definidas para o planejamento estratégico, com o
objetivo de “definir dentro do território plano regionais, com áreas de
urbanização especificas. O foco maior são os segmentos turísticos,
desenvolvimento econômico e ambiental”, informou o urbanista Robson Carvalho.
Neste sentido pode ser exemplificado a região de planejamento de interesse
logístico, na área do aeroporto de Palmas.
Transporte multimodal
Promover a integração entre os diversos meios de locomoção, ou seja, o transporte multimodal é a aposta para a mobilidade urbana na revisão do PD, assim, além do transporte público de qualidade, é preciso implantar calçadas caminháveis, com acessibilidade e sombreamento além de ciclovias, inclusive no interior das quadras. “Estamos buscando a integração entre os modais, para que a população tenha uma infraestrutura adequada para que possa ir a pé, ou de bicicleta, e integrar com o transporte público coletivo. Uma das ideias é promover a inserção das ciclo faixas dentro das quadras para a gente poder criar uma atividade, uma vida no interior das quadras”, disse o engenheiro e integrante da equipe de mobilidade na revisão do PD, Frederico Mendes.
Estudante de Engenharia Civil
da Ulbra, Daniele Mendes considerou o momento oportuno para ter mais
conhecimento sobre o que o poder público está propondo para a cidade, “Vim aqui
em busca de saber mais sobre as propostas para o plano diretor e outras leis
complementares. E está sendo bastante produtivo”, ressaltou.
Já o representante do Movimento
Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), Milton Gomes, ressaltou a importância do
plano diretor para a cidade. “Se a gente soubesse da importância de se
utilizar este instrumento para dar um ordenamento para a cidade, este espaço
aqui seria pequeno.”