Palmas 32 anos: O papel de Taquaruçu na criação da Capital tocantinense

Secretaria Municipal de Comunicação

Autor: Redação Secom | Publicado em 15 de maio de 2021 às 13:16

Morador de Palmas desde 1990, Carlos Braga lembra que distrito abriu mão de ser município-sede para a instalação da cidade

Morador de Palmas desde 1990, Carlos Braga, atual secretário municipal de Desenvolvimento Urbano e Serviços Regionais, era diretor executivo da então Fundação Estadual Santa Rita de Cássia, ligada ao governo estadual, quando se mudou para a Capital, meses depois da sua instalação, para a Arse 14 (110 Sul), local onde mora até hoje. Na época, ele tinha 44 anos e conta que foi possível instalar a Capital em Palmas graças à Taquarussu do Porto, município criado em 1° de janeiro de 1988, a partir do desmembramento de Porto Nacional.

 

Braga detalha que, em dezembro de 1989, os vereadores de Taquarussu do Porto passaram à Palmas a sede do município. No ano seguinte, Taquarussu do Porto recebeu a nova denominação de Taquaruçu, já classificado como distrito, juntamente com os povoados do Canela e Boa Vista, esse último chamado de Buritirana, a partir de 1995.


“Além desses três distritos, na instalação de Palmas também já existia Taquaralto, mas eram poucas casas, uma igreja, um cemitério e um posto de combustível. O local era conhecido como Trevo de Taquarussu do Porto”, conta Carlos Braga. Nos primeiros meses após a instalação, ele vinha e voltava de Miracema do Tocantins para Palmas todos os dias. “Não havia casas para todos aqui ainda e a maioria dos servidores públicos vinha e voltava. Eram mais de 50 ônibus levando e trazendo pessoas para trabalhar”, ressalta.

 

“O governador do recém-criado Estado do Tocantins, Siqueira Campos, não queria que a Capital do Estado fosse em alguma das principais cidades já existentes e fazia questão que ficasse à margem direita do rio Tocantins, região denominada, na época, de corredor da miséria. E a instalação da Capital seria uma forma de trazer desenvolvimento para essa população”, narra Braga.

 

“Lembro-me do primeiro Natal de Palmas. Já estava morando na Capital, em dezembro de 1990. Houve alguns eventos realizados pelo Poder Público, mas logo depois a cidade ficou vazia. A maioria dos moradores viajou, ficou quase ninguém”, relata Carlos Braga.

 

Jardim Aureny I

Braga relembra que integrou a equipe que fez o cadastro das famílias e entregou as casas no Jardim Aureny I, feitas pela extinta Companhia de Desenvolvimento do Estado do Tocantins (Codetins). “A então primeira-dama do Estado, Aureny Siqueira Campos, colocou as chaves das casas em uma caixa de sapato para sortear, e cada família tirava uma chave. O evento ocorreu onde hoje funciona a feira coberta do bairro”, conta.

 

A Codetins, conforme explica Braga, recebia 70% do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) destinados à Palmas para construir a infraestrutura da cidade. “E desde o início existia uma grande preocupação com a ocupação da cidade, para garantir o planejamento da Capital”, pontua Carlos Braga.

 

Feiras

Com um brilho no olhar, Carlos Braga lembra que a primeira feira foi no Jardim Aureny I, ainda nos primeiros anos. Começou sem a estrutura coberta e pavimentada, que veio depois. “Logo depois começou a feira na Arno 33 (307 Norte), que acontecia na entrada da quadra, e depois veio a feira da 304 Sul, mas desde o início as feiras marcaram Palmas e foram bem recebidas pelos palmenses”, afirma.

 

“Hoje, Palmas é referência mundial com sua cultura, paisagismo, urbanismo. Uma linda cidade construída entre a serra e o lago, com obras belíssimas, como nosso Espaço Cultural José Gomes Sobrinho”, finaliza Carlos Braga, que antes de vir para Palmas foi prefeito do município goiano Mara Rosa e presidiu os Institutos de Terras de Rondônia e Goiás, quando o Tocantins ainda não havia sido criado. Aqui no Tocantins, Carlos Braga foi secretário municipal e estadual, deputado estadual e vereador, atualmente é secretário municipal de Desenvolvimento Urbano e Serviços Regionais.