Gabinete da Prefeita
Autor: Deni Rocha | Publicado em 18 de março de 2016 às 09:54
Na contramão dos números
nacionais, Palmas completa 80% de construção e interligação da rede de coleta e
tratamento de esgoto e recebeu na noite desta quinta-feira, 17, o primeiro selo
de universalização da rede de saneamento básico, entregue a uma capital
brasileira. A marca atual representa um crescimento de 60% desde 2011.
Todo material coletado é
tratado antes de ser devolvido para a natureza. Para isso foram construídas
várias estações de tratamento e mais de 290 km de redes coletoras com
capacidade para tratar 400 l/s e atende mais de 210 mil moradores.
O selo foi entregue pela
empresa responsável pela execução das obras, Odebrecht Ambiental | Saneatins,
com a participação do Instituto Trata Brasil, que no início da cerimônia
mostrou um estudo nacional realizado em 2013, que traz números nacionais
alarmantes, bem como alguns casos em que ações positivas têm sido realizadas
para melhorar o sistema de coleta e tratamento de esgoto. No entanto, esses
índices comprovam o quanto Palmas avançou com relação às demais cidades do
país.
Atualmente, no Brasil,
somente 50% da população possui coleta de esgoto, e do total coletado, apenas
40% são tratados. O restante do material é descartado na natureza. Por dia,
esse descarte corresponde a cinco mil piscinas olímpicas.
Semelhantemente, 35 milhões
de pessoas não têm acesso à água tratada, mesmo sendo um número elevado,
nota-se que o governo privilegia mais o fornecimento de água, que os serviços
de coleta. Por essa razão, a quantidade de pessoas internadas, em 2013, por
diarreia foi de 403 mil habitantes, dentre elas, 43% crianças.
O coordenador de comunicação
do Instituto Trata Brasil, Rubens Filho, enfatizou que “o saneamento básico
traz inúmeros benefícios à saúde da população, mas também, muitos outros
financeiros. Para cada um real investido em saneamento, R$ 4 são economizados
com serviços de saúde, além de reduzir em 6,8% o atraso escolar e dobrar o
número de postos de trabalhos nas áreas de turismo na região onde existem os
serviços de água e esgoto”.
Em seguida fez uso da
palavra o presidente da Odebrecht Ambiental | Saneartins, Mário Amaro. “Nós
precisamos dar condições básicas de dignidade à população, e dentre elas, com
certeza, estão os serviços de água e esgoto com qualidade. Por isso, a obra que
estamos construindo não são físicas ou estruturais, mas de cidadania”
finalizou.
“Eu levo com muito orgulho a
consolidação desse trabalho. Em 2013 tínhamos 40 mil ligações em esgoto e nesse
momento estamos com 80 mil, principalmente nas regiões mais carentes da cidade.
Com isso, estamos na antítese da classe política, e o maior prazer é saber que
as obras estão enterradas, mas os benefícios são aparentes quando falamos da
saúde das crianças e da nossa população”, frisou o Gestor Municipal, Carlos
Amastha, ao receber o selo da universalização do saneamento básico na Capital.