
Paraplégica, vítima de acidente de trânsito faz mobilização nas redes sociais e recebe apoio dos agentes de trânsito em escolta de seu casamento
Para a realização do sonho, o casal contou com a ajuda de vários parceiros e a escolta das viaturas do trânsito
A história da noiva Nádia Guerra, que há 13 anos ficou paraplégica, vítima de um acidente automobilístico gerou repercussão nas redes sociais, conseguindo o apoio de empresários do ramo de eventos para realizar seu sonho de se casar. A história também comoveu agentes de Trânsito de Palmas, que decidiram fazer a escolta da noiva até o local da cerimônia de casamento na estância Machado, realizada no final da tarde do último domingo, 27.
A presença
dos agentes de Trânsito deixou a noiva surpresa, que agradeceu, reforçando a
importância do trabalho que eles desempenham para salvar vidas. “Os agentes de
trânsito muitas vezes não são tão valorizados e esquecemos a importância dessa
categoria para a preservação de vidas,” destacou.
A agente de Trânsito,
Clesbiane Silva, responsável pela mobilização dos colegas para a escolta,
depois de conhecer a história pela rede social Instagram disse que o gesto foi uma forma de demonstrar solidariedade
a Nádia Guerra. A agente de Trânsito destacou que casos como este acontecem e
nem sempre têm um final de superação.
“Infelizmente,
mesmo com as campanhas educativas e de conscientização, nem sempre conseguimos
evitar que eventuais acidentes aconteçam. Daí, a necessidade das pessoas
seguirem as recomendações, como usar o cinto de segurança, respeitar o limite
de velocidade, não beber e dirigir, dentre outros.”
Conheça a
história da Noiva
Nádia Guerra
teve o curso de sua vida mudado após se envolver em um acidente de trânsito, em
18 de maio de 2006, em Eldorado dos Carajás (PA), que a deixou paraplégica. No
entanto, o desejo e a força de vontade foram maiores dos que as dificuldades
motoras enfrentadas ao longo dos anos. Apesar de emocionada, Nádia fez questão
de lembrar as circunstâncias que a deixou paraplégica.
“Há treze
anos, sofri um acidente automobilístico que me deixou paraplégica. Tive uma
lesão na coluna que foi agravada porque eu estava sem o cinto de segurança”,
frisou.
Nádia tem uma
filha de quatro anos, fruto do primeiro relacionamento. Ela conheceu o seu
agora esposo através das redes sociais. Metehan Cakmak é natural da Turquia
(Ásia). Ele também é vítima de acidente de trânsito, que o deixou com
mobilidade reduzida. O noivado aconteceu em dezembro do ano passado e a
mobilização para a cerimônia foi realizada via Internet.
Obrigatoriedade
do cinto de segurança
O uso de
cinto segurança é obrigatório há 21 nos e está prevista no Código Brasileiro de
Trânsito (CTB). De acordo com a Lei n° 9.503 dirigir sem utilizar o cinto de
segurança é considerado infração de natureza grave, e a multa é de R$ 195,23,
além do motorista ser penalizado com cinco pontos na Carteira Nacional de
Habilitação (CNH).
A norma
discorre ainda a respeito da responsabilidade legal do condutor bem como da
necessidade de orientar e cobrar o uso do cinto por parte de todos os
passageiros do veículo.