Secretaria Municipal da Saúde
Autor: Redação Semus | Publicado em 28 de fevereiro de 2019 às 16:15
“Foram 17% do orçamento municipal investido em saúde, mais de R$ 210 milhões durante todo o ano", explicou o secretário de Saúde
Dos R$ 76,4 milhões investidos na saúde municipal no último quadrimestre de 2018, mais de R$ 45 milhões foram oriundos de receitas da Prefeitura de Palmas, R$ 27,8 milhões provenientes de recursos federais, R$ 2,6 milhões do Estado e o restante do Fundo Especial do Petróleo e convênios, o equivalente a pouco mais de R$ 476 mil. Ou seja, Palmas permanece sendo a maior financiadora da rede municipal de saúde, tendo arcado com quase 60%. Fato que chamou a atenção dos vereadores e representantes dos órgãos de controle durante a audiência de prestação de contas realizada na Câmara Municipal nesta quinta-feira, 28.
Os números foram apresentados pelo
secretário municipal de Saúde, Daniel Borini, que enalteceu o empenho da gestão
em aplicar mais que os 15% determinados em lei. “Foram 17% do orçamento
municipal investido em saúde, mais de R$ 210 milhões durante todo o ano, o que
propiciou o equacionamento das despesas, mesmo com a frustração de receitas. O
Governo Federal que é quem tem mais dinheiro, vem reduzindo os recursos, e o Município
acaba arcando com a maior parte dos recursos para que a população tenha uma
saúde cada vez melhor”, ressaltou o secretário.
Borini aproveitou a oportunidade para
convidar os parlamentares, demais autoridades e a comunidade presente para
participar da XI Conferência Municipal de Saúde, que acontecerá nos dias 26 e
27 março, no auditório do Centro Universitário Integrado de Cultura, Ciência e
Arte da Universidade Federal do Tocantins (Cuica/UFT). “O Sistema Único de
Saúde foi criado para que haja a participação da comunidade na formação das
políticas públicas de saúde, cada vez menos valorizadas e que vem sofrendo a
diminuição de recursos por parte do Governo Federal. É preciso que todos se
envolvam por uma saúde com mais qualidade que é direito de todos”, ressaltou.
O defensor público Arthur de Pádua
ressaltou o diálogo positivo com a gestão da Semus. “A maioria das questões são
resolvidas administrativamente, quando não é possível resolver, a gente
judicializa principalmente quando o medicamento ou o procedimento não estão
inclusos nos serviços oferecidos pelo SUS quem nem sempre dispõe do que é mais
moderno e avançado. Nesses casos nós co-responsabilizamos a União porque
realmente fica muito oneroso para o município arcar com todas essas despesas”,
frisou.
A promotora de Saúde do Ministério
Público, Maria Rosely Pery, destacou que o financiamento da saúde é tripartite
e que o “primo rico”, no caso o Governo Federal, tem investido cada vez menos.
“Toda nova tecnologia que não está incorporada ao SUS quem deve ser acionada é
a União que vem desfinanciando o SUS. A administração municipal trabalha com
limitações, mas hoje é um conforto muito grande ser promotora de saúde na
Capital que conta com gestores técnicos e comprometidos. Então, vou sempre
defender o que é justo, cobrar de quem realmente deve”, ressaltou a promotora.
A audiência foi presidida pelo
presidente da Casa de Leis, Marilon Barbosa, e contou com a presença dos demais
pares e representantes da sociedade civil organizada.
Edição e postagem: Lorena Karlla