Professora da Rede Municipal de Ensino lança livros e realiza tarde de autógrafos na Escola Anne Frank

Secretaria Municipal da Educação

Autor: Redação Semed | Publicado em 27 de fevereiro de 2019 às 09:06

Obras foram inspiradas no projeto Borboletrando na Alfabetização com História e Música, também de autoria de Leonilde

Nessa terça-feira, 26, Leonilde de Souza Alves, professora e escritora da Escola Municipal Anne Frank, localizada na Arne 14, realizou uma tarde de autógrafos com o lançamento dos livros autorais Calebe, Olhos de Jabuticaba e Rebeca Sapeca, a menina do vestido azulado. As obras foram inspiradas pelo projeto Borboletrando na Alfabetização com História e Música, também de autoria de Leonilde, apresentado na 11ª edição do Prêmio Professores do Brasil e que resultou o prêmio na categoria estadual, em 2018.

 

A iniciativa de lançar os livros foi a partir do momento em que a professora observou que todos os dias contava histórias para as crianças, mas elas não tinham os livros para lerem em casa. No início, a professora contou aos alunos 54 contos inventados constantemente a cada aula e a partir do envolvimento das crianças com os contos da Rebeca e do Calebe ela resolveu investir nesta área.

 

Os alunos demoraram um tempo para entenderem que a professora contava histórias da própria família. Quando descobriram que os personagens eram os seus filhos, eles ficaram ainda mais envolvidos com as narrativas. "Calebe e Rebeca são os meus filhos. Os livros foram inspirados em vivências que aconteceram no nosso cotidiano e me trouxeram reflexões sobre a família e a importância dos pais em prestar atenção em cada curiosidade das crianças", pontua a professora.

 

Para Leonilde, a sensação de escrever um livro é inexplicável. Tomada pela emoção, ela relata que é um sentimento de gratidão, pois remete à sua infância. "Além de proporcionar aos meus filhos uma infância longe de tantas tecnologias, assim como na minha época, onde meu avô conseguia criar um conto a partir da queda de um neto e que todos queriam ouvir inúmeras vezes, eu consegui tirar acontecimentos da vida real e levar para o imaginário infantil. É um privilégio", relata.

 

Durante a sessão de autógrafos, Leonilde destaca que poder observar suas histórias alcançarem outras pessoas e crianças tendo a certeza de que isso pode influenciar o gosto pela leitura é muito motivador. "Olhar aqueles olhinhos brilhando, esperando para lerem os livros que eu mesma escrevi e que eles foram um incentivo para mim é fantástico."

 

O aluno do 2º ano do Ensino Fundamental, Caik Oliveira, relata que está encantado pelas ilustrações do livro e elogia a professora. "Esse livro ficou muito legal, porque eu consigo ler e entender o que está escrito." A professora conta que quando Caik pegou o seu livro, ele saiu com um sorriso realizado. "A gente só conta histórias especiais para pessoas especiais", completa Leonilde.

 

O sucesso das histórias é tão grande que foram criados fantoches dos dois personagens para encenarem os contos. A imaginação era tanta, que ao levarem os bonecos para casa, os alunos voltavam no dia seguinte com expressões como "o Calebe subiu no guarda-roupa e pulou; a Rebeca bagunçou minha casa''. Para Leonilde, era como se eles ganhassem vida dentro de casa.

 

A diretora da Escola, Kassia Carla Fernandes, destaca que é amante da Literatura e ao ver o resultado do trabalho desenvolvido pela Leonilde, o seu coração ficou extasiado de alegria. "O projeto Borboletrando surgiu da criatividade dela e hoje os livros surgem desse projeto, como seus filhos. As duas obras lançadas são frutos de um trabalho que a gente vem fazendo na escola. Ela tem uma grande chance de se transformar numa escritora a nível nacional pelo seu comprometimento e dedicação. A gente percebe nos alunos o envolvimento e amor que eles têm pelos personagens só em olhar".

 

Lançamento dos livros

 

Rebeca Sapeca, a menina do vestido azulado: O desejo de Rebeca é que o mundo seja completamente azul para ser perfeito. Mesmo com a sua mãe explicando o porquê do mundo não ser só de uma cor, a menina continua sem compreender. Em uma noite, Rebeca dorme e sonha com o mundo todo azul, e durante esse sonho se questiona sobre as outras cores, pois ela está sentindo falta. Ao acordar, ela agradece por ver que ao seu redor tem todas as cores e entende que cada pessoa tem a sua singularidade. Dessa forma, ela passa a compreender a importância das diferenças.

 

Calebe, Olhos de Jabuticaba: Calebe, um menino lindo e esperto se questionava sobre o porquê as pessoas o chamavam de olhos de jabuticaba, e isso mexia muito com ele, trazendo tristeza. Em uma conversa com o seu pai, o garoto compreendeu que cada pessoa possui um "tipo" de olho, e a partir de então, se sente contente por ter nos seus olhos a beleza de uma jabuticaba.




Texto: Thuany Lopes (estagiária) Revisão e postagem: Iara Cruz