Professora da rede municipal fará aperfeiçoamento para Educação Infantil no Canadá

Secretaria Municipal da Educação

Autor: Redação Semed | Publicado em 17 de abril de 2019 às 11:37

Priscila é a única tocantinense das 21 vagas destinadas à região Norte

A professora da educação infantil do Cmei Sementes do Amanhã, Priscila de Freitas Machado, participou do processo seletivo promovido pela Capes para participar de um curso de aperfeiçoamento para professores da Educação Básica no Canadá. Priscila é a única tocantinense das 21 vagas destinadas à região Norte e também na região que atua na Educação Infantil.


O curso tem duração de dois meses e será custeado pela Capes, que também paga uma bolsa ao professor e é um programa conjunto entre Diretoria de Relações Internacionais (DRI) e a Diretoria de Formação de Professores da Educação Básica (DEB), e parte do acordo de cooperação formalizado entre a Capes e o Colleges and Institutes Canadá. O objetivo é promover a capacitação de professores em efetivo exercício nas escolas públicas das redes estadual, municipal e distrital.


O projeto apresentado por Priscila propõe o desafio de compreender a criança sob o ponto de vista dela e entendê-la como protagonista na construção de seus saberes por meio de brincadeiras e interações, e não do ponto de vista do adulto. “Muitos pais e professores entendem a educação infantil apenas sob a perspectiva de alfabetização e escolarização, uma mini-escola que deve preparar as crianças para o ensino fundamental. Isto resulta no confinamento das crianças em sala de aula, restringindo o tempo destinado à brincadeira, ao diálogo e a interação apenas aos minutos destinados ao parque”, explica a professora, ressaltando que para isso, é necessário um debate formativo que conceba as crianças como sujeitos sociais, cidadãos de direitos e produtores de cultura.


Brincadiquê?


As atividades do projeto no Cmei tiveram início em 2019 questionando como promover avanços e favorecer as brincadeiras e interações, em detrimento de práticas meramente escolarizantes. Para isso, foram criados contextos de brincadeiras em que as crianças se sentissem seguras e pudessem se identificar com o espaço. A estratégia funcionou, e a pergunta que as crianças repetiam durante o momento de entrada: Nós vamos brincar de quê?. “Nos agarramos à expressão utilizada pelas crianças no período de adaptação e parafraseamos a expressão oralizada por elas, intitulando o Projeto Brincadiquê?, explica Priscila.


Sob a ótica do projeto, o ato de brincar não pode ser visto somente como uma atividade para as horas ociosas das crianças. Ao contrário, todas as propostas elaboradas para e com as crianças deverão pautar-se pelas brincadeiras e interações, garantindo tempo e material para as mais variadas manifestações do brincar. A expectativa é que a iniciativa possibilite a expressão imaginativa nos gestos, no corpo, na oralidade e/ou na língua de sinais, no faz de conta, no desenho, na dança e nas primeiras tentativas de escrita, apresentando uma alternativa as práticas escolarizantes. “Os pais dos alunos e alguns professores poderão perceber que as crianças aprendem e crescem brincando”, finaliza a professora.