Profissionais da Saúde participam de curso de formação em prevenção de incapacidades em hanseníase

Secretaria Municipal da Saúde

Autor: Redação Semus | Publicado em 26 de agosto de 2019 às 11:49

O curso acontece durante esta semana na Capital e reúne profissionais de todas as regiões do Estado

Profissionais da Saúde das oito regiões do Estado que atuam na área da hanseníase participam nesta semana do Curso de Formação de Multiplicadores em Prevenção de Incapacidades em Hanseníase. A parte teórica acontece no Instituto Vinte de Maio durante esta segunda, 26, já a parte prática, ao longo da semana, será no Centro de Saúde da Comunidade Professora Isabel Auler, na Arso 23. O curso é uma parceria entre a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), o Ministério da Saúde e a Prefeitura de Palmas, por meio da Secretaria da Saúde de Palmas (Semus).

 

O curso é ministrado pelos facilitadores do Ministério da Saúde, Raimundo Sérgio Oliveira e Sônia Maria Oliveira e pelo coordenador técnico do Grupo Condutor de Hanseníase da Semus, Pedro Paulo Oliveira.

 

De acordo com a coordenadora estadual da Hanseníase, Regina Figueiredo Teixeira, em termos de diagnóstico da doença, o Estado avançou muito e praticamente todos os 139 municípios têm um médico capacitado diagnosticando hanseníase. “Não é um curso para diagnosticar a doença, nem é um curso sobre tratamento. É um curso para prevenir incapacidades, deformidades decorrentes do processo de adoecer na hanseníase. Nós sabemos que infelizmente se a hanseníase não for tratada no momento oportuno, quanto mais tempo ela demora para ser tratada, mais riscos a pessoa tem de ficar com deformidades físicas. Mas com as prevenções feitas assim que o diagnóstico da doença é feito, a gente evita que as pessoas tenham deformidades futuras”, explica Regina.

 

A partir do conhecimento adquirido ao longo da semana, a Sesau anseia que os ensinamentos sejam repassados para os profissionais das oito regiões de saúde do Estado. “Nós temos aqui duas ou três pessoas de cada regional de saúde. A ideia é que eles voltem para seus municípios de origem e comecem não só a praticar, mas juntar suas equipes de saúde local e repassar o que aprenderam aqui conosco para que essas pessoas nos ajudem a evitar sequelas provenientes da doença nos nossos pacientes com hanseníase”, ressaltou.

 

O coordenador técnico da Hanseníase em Palmas, Pedro Paulo, ressaltou que Palmas conta com 34 centros de Saúde da Comunidade e que todos têm pacientes tratando a doença. “Tão importante quanto o diagnóstico precoce é a prevenção às incapacidades. Quanto mais rápido o diagnóstico mais fácil será o tratamento. Além disso, deve haver a investigação de contatos, porque como vou garantir que o indivíduo não tenha reinfecção se eu não avaliar seus contatos e tratar aqueles que também estão com hanseníase? E durante o tratamento poliquimioterápico devo observar as reações aos medicamentos e as neurites, sempre avaliando para fazer as intervenções necessárias e evitar sequelas”, complementou.

 



Revisão e postagem: Iara Cruz