Profissionais do CSC Liberdade participam de simulado para casos de reação anafilática à penicilina benzatina

Secretaria Municipal da Saúde

Autor: Redação Semus | Publicado em 07 de setembro de 2019 às 09:03

Medicação é usada no tratamento à Sífilis; o simulado visa garantir o tratamento adequado ao paciente


Dar mais segurança às técnicas de enfermagem, responsáveis por aplicar medicamentos injetáveis nos Centros de Saúde da Comunidade na Capital, é o objetivo do simulado do ‘Protocolo para aplicação de Penicilina Benzatina sem a presença do médico’. O primeiro simulado foi realizado na manhã desta sexta-feira, 06, no CSC Liberdade (Jardim Aureny III), no qual a técnica em enfermagem Fabiana Brito fez o papel da paciente que teve reação à medicação, popularmente conhecida como Benzetacil.


 

No simulado, as técnicas de enfermagem aprendem a como proceder em caso de reações anafilática ou alérgica, caso o médico não esteja na unidade. Orientações como monitorar os sinais vitais do paciente, realizar oxigenoterapia, acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e administrar medicações complementares; procedimentos que devem ser feitos de forma concomitante. O fluxograma faz parte do projeto de extensão do programa Palmas para Todos, desenvolvido pela Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas (Fesp).


 

A médica de Saúde da Família, Natália Jordy, explica que o fluxograma de atendimento nesses casos foi elaborado para garantir o tratamento da Sífilis de forma adequada para gestantes e seus parceiros, a fim evitar uma sífilis congênita no bebê. “Quando a gestante é diagnosticada no teste rápido e confirmado com o exame ambulatorial, a gente busca tratar também o parceiro, para que não haja uma reinfecção. Então muitas vezes, a gente conseguia trazer a  pessoa que foi diagnosticada para tomar a medicação, mas o parceiro era difícil vir”, explica, acrescentando que “quando o parceiro vinha, às vezes o médico não estava na unidade, então as técnicas de enfermagem não se sentiam seguras para aplicar a medicação e o paciente saía sem iniciar o tratamento e dificilmente voltava”, explica.


 

“A gente entende que todos os técnicos têm esse medo. Percebemos essa dificuldade, a resistência dos técnicos aqui na unidade, foi onde pensamos em desenvolver o fluxograma. Enquanto uma monitora os sinais vitais, a outra administra a medicação e outra chama o Samu”, complementa a enfermeira do CSC Liberdade, Cláudia Porto Costa, que agora espera uma autoconfiança por parte da equipe.


 

O coordenador técnico de Doenças Infectocontagiosas da Secretaria Municipal de Saúde, Eduardo Silva, ressalta que o objetivo agora é levar essa capacitação por meio do simulado para os outros Centros de Saúde da Comunidade. “Até porque existe um mito de que a penicilina pode causar reação, mas é muito raro, é 0,001% para desenvolver uma reação anafilática. Então levar uma segurança para os profissionais, vamos desenvolver esse fluxograma nas demais unidades, garantindo segurança para eles e para os pacientes. Na ausência do médico, por estar em visita domiciliar, tem sempre o enfermeiro na unidade, que também é habilitado a esse procedimento”, conclui.

 



Edição e postagem: Lorena Karlla