
Profissionais e sociedade civil se reuniram online e debateram o Trabalho Infantil no Brasil e no Tocantins nesta quinta, 25
Políticas públicas e prevenção foram palavras de ordem de webconferência sobre o trabalho infantil realizada pelo PETI Palmas
A reunião online com o tema
‘Covid19: agora mais do que nunca, protejam crianças e adolescentes do trabalho
infantil’, realizada nesta quinta-feira, 25, trouxe para o centro das
discussões um assunto muito caro àqueles que vivenciam sua realidade – o trabalho
infantil. A webconferência, realizada pelo Programa de Erradicação do
Trabalho Infantil, contou com a participação de profissionais das áreas de
Assistência Social, Educação, Conselhos Tutelares, Conselhos Municipais e
sociedade civil organizada.
“É preciso trabalhar unidos para
que nossas crianças possam sonhar com um futuro promissor, onde elas sejam as
protagonistas de sua própria história. Esse deve ser o norte de nossas ações e
políticas públicas”, destacou a secretária Municipal de Desenvolvimento Social,
Simone Sandri.
Na mesa redonda foram debatidos
dois temas centrais: ‘A realidade social no Brasil vulnerabilidade
desigualdade, violência e delinquência’ e ‘o trabalho infantil na
agropecuária brasileira: uma leitura a partir do censo agropecuário de 2017’.
A Administradora de Empresas,
Mara Rúbia assistiu a webconferência e aprovou a iniciativa. “O crescimento da
exploração do trabalho infantil é um risco iminente durante a pandemia, esse
debate provocado pelo PETI Palmas teve grande importância para enfatizar que
precisamos sim erradicar o trabalho infantil. Parabéns aos organizadores pois,
a reunião contribuiu muito para o meu aprendizado”, destacou.
De acordo com o Auditor Fiscal do
Trabalho da Superintendência Regional do Trabalho no Tocantins (SRTb-TO),
Renato Costa, “as crianças e adolescentes mais pobres geralmente são mais
atingidos quando o assunto é trabalho infantil. O Menor é impelido a ingressar
no mundo do trabalho precocemente. Muitas vezes, abandona a escola e não
consegue romper esse ciclo de pobreza e de violação de direitos. É preciso
trabalhar com ferramentas de prevenção que evitem que a criança seja exposta a
essa situação”, explica Costa.
Ainda de acordo com Renato Costa,
essa criança não está preparada, psicologicamente e fisicamente para
desempenhar essas atividades. “No caso do trabalho na agricultura por exemplo,
temos uma exposição da criança a inúmeros riscos como uso de agrotóxicos,
manejo de animais e de máquinas/ferramentas agrícolas, ataques de animais
peçonhentos e alta exposição ao sol. Os estudos e as leis apontam que as
crianças não estão com o corpo e a mente preparados para essas atividades”, conclui.
Campanha
Durante todo o mês de junho os
núcleos do PETI em todos os municípios brasileiros aderiram à ‘Campanha 12 de
Junho – Dia Nacional e Mundial contra o Trabalho Infantil’ e realizaram
mobilizações virtuais no sentido de conscientizar a sociedade sobre a
necessidade de ofertar uma maior proteção a essa parcela vulnerável da
população.