Secretaria Municipal do Desenvolvimento Social
Autor: Eliene Campelo | Publicado em 25 de junho de 2020 às 18:49
Políticas públicas e prevenção foram palavras de ordem de webconferência sobre o trabalho infantil realizada pelo PETI Palmas
A reunião online com o tema ‘Covid19: agora mais do que nunca, protejam crianças e adolescentes do trabalho infantil’, realizada nesta quinta-feira, 25, trouxe para o centro das discussões um assunto muito caro àqueles que vivenciam sua realidade - o trabalho infantil. A webconferência, realizada pelo Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, contou com a participação de profissionais das áreas de Assistência Social, Educação, Conselhos Tutelares, Conselhos Municipais e sociedade civil organizada.
“É preciso trabalhar unidos para que nossas crianças possam sonhar com um futuro promissor, onde elas sejam as protagonistas de sua própria história. Esse deve ser o norte de nossas ações e políticas públicas”, destacou a secretária Municipal de Desenvolvimento Social, Simone Sandri.
Na mesa redonda foram debatidos dois temas centrais: ‘A realidade social no Brasil vulnerabilidade desigualdade, violência e delinquência’ e ‘o trabalho infantil na agropecuária brasileira: uma leitura a partir do censo agropecuário de 2017’.
A Administradora de Empresas, Mara Rúbia assistiu a webconferência e aprovou a iniciativa. “O crescimento da exploração do trabalho infantil é um risco iminente durante a pandemia, esse debate provocado pelo PETI Palmas teve grande importância para enfatizar que precisamos sim erradicar o trabalho infantil. Parabéns aos organizadores pois, a reunião contribuiu muito para o meu aprendizado”, destacou.
De acordo com o Auditor Fiscal do Trabalho da Superintendência Regional do Trabalho no Tocantins (SRTb-TO), Renato Costa, “as crianças e adolescentes mais pobres geralmente são mais atingidos quando o assunto é trabalho infantil. O Menor é impelido a ingressar no mundo do trabalho precocemente. Muitas vezes, abandona a escola e não consegue romper esse ciclo de pobreza e de violação de direitos. É preciso trabalhar com ferramentas de prevenção que evitem que a criança seja exposta a essa situação”, explica Costa.
Ainda de acordo com Renato Costa, essa criança não está preparada, psicologicamente e fisicamente para desempenhar essas atividades. “No caso do trabalho na agricultura por exemplo, temos uma exposição da criança a inúmeros riscos como uso de agrotóxicos, manejo de animais e de máquinas/ferramentas agrícolas, ataques de animais peçonhentos e alta exposição ao sol. Os estudos e as leis apontam que as crianças não estão com o corpo e a mente preparados para essas atividades”, conclui.
Campanha
Durante todo o mês de junho os núcleos do PETI em todos os municípios brasileiros aderiram à ‘Campanha 12 de Junho - Dia Nacional e Mundial contra o Trabalho Infantil’ e realizaram mobilizações virtuais no sentido de conscientizar a sociedade sobre a necessidade de ofertar uma maior proteção a essa parcela vulnerável da população.