
Projeto em parceria com a UFT leva aos alunos dos Cmeis o universo das abelhas sem ferrão
Atividades do segundo semestre de 2019 continuam até dezembro
O
projeto Polinizando o Saber, desenvolvido pelo grupo de pesquisas Biologia,
Conservação e Manejo de Abelhas sem Ferrão da Universidade Federal do Tocantins
(UFT), em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, tem levado aos
alunos dos centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis) um tema que, além de
despertar o interesse dos pequenos, ainda pode ter um grande impacto positivo
em sua vida futura: o conhecimento acerca das abelhas nativas sem ferrão.
Nesta
segunda-feira, 04, foi a vez dos alunos do Cmei Pequeninos do Cerrado receberem
a equipe dos alunos de engenharia ambiental coordenados pelo professor Waldesse
Piragé. Neste momento são passadas as primeiras informações, que visam
desmitificar o risco de ferroadas que sempre vem associado à ideia de contato
com abelhas. Por meio de ferramentas lúdicas como cartazes e bonecos de
abelhas, busca-se despertar na criança a importância destes insetos para a
natureza e o ciclo da vida. Os alunos aprendem, por exemplo, que as abelhas sem
ferrão são nativas do Brasil, enquanto as temidas abelhas que ferroam foram
trazidas há muito tempo.
Depois
vem o momento mais esperado, que é a visita ao local onde são criadas e
estudadas as abelhas, chamado de meliponário, na UFT. Neste momento, é
perceptível a surpresa e o encanto que as abelhas despertam. Inseridas em um
ambiente natural, fora de sala, em contato direto com o objeto antes estudado,
os pequenos não economizam perguntas acerca da vida e organização dos insetos.
“A abertura do meliponário aos alunos é recente, este é o terceiro Cmei a vir
aqui, os outros foram o Sementes do Amanhã e João e Maria. Com os anteriores, o
trabalho era feito somente em sala de aula. Mas o contato com as abelhas é
fundamental, por isso nosso empenho em trazê-los para ver de perto como elas
vivem”, considera o professor.
Waldesse
explica que trabalhar alunos da faixa etária da educação infantil apresenta
vantagens como a possibilidade de os pais das crianças também manterem contato
com a temática das abelhas, pois nesta fase é maior o envolvimento com a vida
escolar dos filhos. “Há também o fato de que neste momento, ainda na infância,
estas experiências ficam marcadas para a vida futura. É um momento propício
para a educação ambiental”, considera.
As
atividades do segundo semestre de 2019 continuam até dezembro. Ainda receberão
a visita dos pesquisadores e irão visitar o meliponário na UFT, os alunos dos
Cmeis Chapeuzinho Vermelho, Cantiga de Ninar, Amâncio José de Morais e Cantinho
do Saber.