Secretaria Municipal da Saúde
Fotógrafo: Igor Flávio
Fotógrafo: Igor Flávio
Autor: Redação Semus | Publicado em 12 de março de 2019 às 17:32
Atendimentos que poderiam ser feitos nos CSCs sobrecarregam a UPA em 75%
Você sabe quando distinguir
sintomas e em quais deles deve procurar um Centro de Saúde da Comunidade (CSC)
ou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA)? Gripe, mal-estar, torções, fraturas
ou acidentes, podem indicar o local exato onde você deve ser atendido. A falta
de informação pode gerar uma sobrecarga no atendimento e ainda causar
transtornos aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
Os Centros de Saúde da
Comunidade (CSCs) são a porta de entrada do SUS é neles que os usuários devem
se dirigir para consultas de rotina, acompanhamentos médicos, receitas e
vacinas. Os casos de menor complexidade também são atendidos no local como
febre, dor de cabeça, infecção de garganta, manchas na pele e casos que não
exigem atendimento de emergência. Também é nos CSCs que os profissionais de
saúde vão se articular com outros pontos da rede para solicitar exames e
atendimento especializado.
Em Palmas dos 34 Centros de
Saúde, a maioria funciona no esquema porta aberta, ou seja, o atendimento é
feito diariamente mediante a necessidade ou urgência do paciente. No local
também são realizados atendimentos odontológicos de menor complexidade. Quem
ainda precisa de ajuda para vencer a dependência química, depressão, diabetes
pode ser acompanhado em grupos terapêuticos, que acontecem em dias específicos
de acordo com cada unidade. “Aqui no centro da 207 Sul (Arso 23) temos grupos
de Lian Gong realizados na unidade e
na praça da quadra, que envolvem atividades de fisioterapia, respiração entre
outros”, explica a médica de saúde da família e comunidade, Lilian Vilela.
Atendimento
de Urgência
A UPA é a unidade de
urgência e emergência para serviços de média a alta complexidade, um meio-termo
entre o centro de saúde e o hospital, com mais recursos. A gravidade do risco e
não a ordem de chegada é que determina a rapidez com que o paciente será atendido.
Funciona diariamente 24 horas, inclusive nos fins de semana e de acordo uma
classificação de risco, que pode ir ao verde, para o de menor gravidade com
espera de até 120 minutos, para o vermelho, de gravidade elevada tendo
atendimento imediato.
Mordido por um cão, seu João Francisco Belo, 68 anos, procurou a UPA Norte de
Palmas e foi atendido dentro da classificação vermelha de urgência. “Fui
atacado por um cachorro e quando cheguei aqui fui atendido bem rápido, médicos
muito bons que nem o plano (de saúde) que eu tinha não era igual”, conta o idoso que
veio de São Paulo e mora em Palmas há cerca de três meses.
“É um trabalho que requer
muito do médico, porque a gente tem que estar preparada para receber de tudo,
de um paciente que está com risco de vida até casos menos graves como uma dor
de cabeça. Aqui na UPA nossa prioridade são os pacientes amarelos e vermelhos
que são realmente aqueles que estão em sofrimento grave, ou com risco de
morte”, explica a médica plantonista da UPA Norte, Angélica Antunes.
O coordenador médico da UPA
Norte, o médico Osvaldo Neto explica que, como a unidade funciona como porta
aberta, muitos casos que poderiam ser atendidos nos CSCs acabam sendo atendidos
na UPA o que gera uma sobrecarga e atraso no atendimento de urgência. “Hoje 70%
dos nossos pacientes, são de baixa complexidade, são pacientes que poderiam ser
atendidos no CSCs, se tivéssemos uma diminuição desses casos, poderíamos
priorizar os atendimentos dos pacientes que realmente necessitam que são de
média e alta complexidade, diminuindo assim até o tempo de atendimento”,
ressalta o médico.
Quando
procurar
Centro de Saúde da
Comunidade: exames, consultas, acompanhamento médico, entrega de remédios e
aplicação de vacinas, traumas leves, sintomas leves de gripe, tonturas, dor
abdominal leve, mal-estar, conjuntivite, entre outros.
UPA: Parada
cardiorrespiratória, trauma craniano, choques, exames laboratoriais de
urgência, dor torácica moderada, dor abdominal moderada, ferimentos com febres,
entre outros.
Edição e postagem: Lorena
Karlla
