
Sarau ‘Auscultando a Vida’ reuniu amigos e admiradores em homenagem a Odir Rocha
O evento é uma parceria da Fundação Cultural de Palmas (FCP) com a Academia Palmense de Letras (APL)
As memórias e histórias de personalidades que ajudaram na construção do
Tocantins, tendo como personagem principal, o médico, político e escritor, Odir
Rocha, marcaram a Terça Literária do dia 04 de junho, no Sarau Auscultando a
Vida. O evento é uma parceria da Fundação Cultural de Palmas (FCP) com a
Academia Palmense de Letras (APL), com objetivo de aproximar escritores e
leitores.
Através de músicas, prosa e poesia, amigos e admiradores se revezaram no
palco do Theatro Fernanda Montenegro para homenagear o Odir Rocha, o homem que
veio, ainda na juventude, exercer a medicina no norte do então estado de Goiás,
e por estas terras engajou politicamente, participou do processo de criação do
Tocantins, foi prefeito de Colinas e de Palmas, criou três filhas, virou avô, e
também escrevia contos e poesias. O livro ‘Auscultando a Vida’ foi uma de suas
primeiras obras a ser publicada.
A história de Odir foi contada em uma roda de conversa em que os médicos
e amigos de longa data, Luiz Teixeira, Raimundo Boi, Múcio Brenkfeld e Jales
Paniago falaram sobre a medicina, a política e a literatura, com destaque para
o ingresso nas Academias Palmense e Tocantinense de Letras.
“Uma pessoa que me influenciou demais para publicar o que eu
escrevia foi o José Gomes Sobrinho, e também teve o ex-governador, Moisés
Avelino, que me chamava de poetinha”, contou Odir Rocha.
Outro momento marcante foram os depoimentos das filhas do escritor e dos
“filhos de pegação”, pessoas que ‘Dr. Odir’ fez o parto e que são admiradoras
do médico, alguns estavam presentes na plateia. “Contei até 2 mil filhos
de pegação, mas acredito que ao todo foram mais de 2.300”, afirmou.
O Sarau contou ainda com a participação dos músicos, Dorivã, Braguinha
Barroso e Daniel Babilônia, da atriz, Cleuda Milhomem e do escritor e ator
Carlos Casagrande, que se revezaram em apresentações musicais, declamações de
poesia e causos.
No encerramento, com a família reunida do Palco, Odir Rocha agradeceu a
homenagem. “Estou me sentindo como se tivesse nascendo um novo dia. Isso para
mim é espetacular, não existe nada melhor que a vida. A passagem do tempo é um
alento para quem sabe viver. Homens são como os rios, têm destinos iguais,
nascem, crescem e morrem, então não adianta lamentar. Em cada dia a esperança
se renova”, disse.
Odir Rocha
Escritor e membro da Academia Palmense de Letras. Nasceu na cidade de
Araguari, estado de Minas Gerais, é médico, político, poeta e cronista.
Formou-se em medicina, em 1970, pela Faculdade de Ciências Médicas da
Pontifícia Universidade Católica do Paraná, em Curitiba. Em 1971, montou um
pequeno hospital em Colinas de Goiás, onde permaneceu por 22 anos, além de
médico foi professor do Colégio João XXIII e prefeito do município. Engajou-se
na luta pró-criação do Estado do Tocantins.
Em 1993 mudou-se para Palmas, onde foi secretário da Ação Social e
Habitação do município e secretário Estadual da Administração e da Secretaria
Extraordinária para Assuntos Metropolitanos. Em 1996, foi eleito prefeito de
Palmas, para o mandato de 1997 a 2000. Ao término do mandato de prefeito
municipal de Palmas foi nomeado presidente da Agência de Desenvolvimento do
Estado do Tocantins em 2001. Ao deixar o cargo passou a dedicar-se à
literatura, paixão que o acompanha desde o dia em que ganhou do pai, em 14 de
julho de 1949, o seu primeiro livro: ‘Rui Barbosa para a juventude’ de Genésio
Pereira Filho. É membro da União Brasileira de Escritores, Seccional de Goiás. É
também membro Efetivo da Academia Tocantinense de Letras. Odir Rocha foi
homenageado juntamente com o escritor Carlos Drummond de Andrade no 6º Salão do
Livro do Tocantins realizado em 2010, pela Secretaria Estadual da Educação.
Obras publicadas: ‘Do amor à Terra’; ‘Auscultando a vida’; ‘Terracanto’; ’25
Caminhada’; ‘Ipobajá’; ‘Empina-se pipa na terceira idade?’
Edição e postagem: Lorena Karlla