Sarau 'Auscultando a Vida’ reuniu amigos e admiradores em homenagem a Odir Rocha

Fundação Cultural de Palmas

Autor: Redação FCP | Publicado em 05 de junho de 2019 às 16:19

O evento é uma parceria da Fundação Cultural de Palmas (FCP) com a Academia Palmense de Letras (APL)



As memórias e histórias de personalidades que ajudaram na construção do Tocantins, tendo como personagem principal, o médico, político e escritor, Odir Rocha, marcaram a Terça Literária do dia 04 de junho, no Sarau Auscultando a Vida. O evento é uma parceria da Fundação Cultural de Palmas (FCP) com a Academia Palmense de Letras (APL), com objetivo de aproximar escritores e leitores.


Através de músicas, prosa e poesia, amigos e admiradores se revezaram no palco do Theatro Fernanda Montenegro para homenagear o Odir Rocha, o homem que veio, ainda na juventude, exercer a medicina no norte do então estado de Goiás, e por estas terras engajou politicamente, participou do processo de criação do Tocantins, foi prefeito de Colinas e de Palmas, criou três filhas, virou avô, e também escrevia contos e poesias. O livro ‘Auscultando a Vida’ foi uma de suas primeiras obras a ser publicada.


A história de Odir foi contada em uma roda de conversa em que os médicos e amigos de longa data, Luiz Teixeira, Raimundo Boi, Múcio Brenkfeld e Jales Paniago falaram sobre a medicina, a política e a literatura, com destaque para o  ingresso nas Academias Palmense e Tocantinense de Letras.  "Uma pessoa que me influenciou demais para publicar o que eu escrevia foi o José Gomes Sobrinho, e também teve o ex-governador, Moisés Avelino, que me chamava de poetinha”, contou Odir Rocha.


Outro momento marcante foram os depoimentos das filhas do escritor e dos “filhos de pegação”, pessoas que ‘Dr. Odir’ fez o parto e que são admiradoras do médico, alguns estavam presentes na plateia.  “Contei até 2 mil filhos de pegação, mas acredito que ao todo foram mais de 2.300”, afirmou.


O Sarau contou ainda com a participação dos músicos, Dorivã, Braguinha Barroso e Daniel Babilônia, da atriz, Cleuda Milhomem e do escritor e ator Carlos Casagrande, que se revezaram em apresentações musicais, declamações de poesia e causos.


No encerramento, com a família reunida do Palco, Odir Rocha agradeceu a homenagem. “Estou me sentindo como se tivesse nascendo um novo dia. Isso para mim é espetacular, não existe nada melhor que a vida. A passagem do tempo é um alento para quem sabe viver. Homens são como os rios, têm destinos iguais, nascem, crescem e morrem, então não adianta lamentar. Em cada dia a esperança se renova”, disse.

 

Odir Rocha


Escritor e membro da Academia Palmense de Letras. Nasceu na cidade de Araguari, estado de Minas Gerais, é médico, político, poeta e cronista. Formou-se em medicina, em 1970, pela Faculdade de Ciências Médicas da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, em Curitiba. Em 1971, montou um pequeno hospital em Colinas de Goiás, onde permaneceu por 22 anos, além de médico foi professor do Colégio João XXIII e prefeito do município. Engajou-se na luta pró-criação do Estado do Tocantins.

 

Em 1993 mudou-se para Palmas, onde foi secretário da Ação Social e Habitação do município e secretário Estadual da Administração e da Secretaria Extraordinária para Assuntos Metropolitanos. Em 1996, foi eleito prefeito de Palmas, para o mandato de 1997 a 2000.  Ao término do mandato de prefeito municipal de Palmas foi nomeado presidente da Agência de Desenvolvimento do Estado do Tocantins em 2001. Ao deixar o cargo passou a dedicar-se à literatura, paixão que o acompanha desde o dia em que ganhou do pai, em 14 de julho de 1949, o seu primeiro livro: ‘Rui Barbosa para a juventude’ de Genésio Pereira Filho. É membro da União Brasileira de Escritores, Seccional de Goiás. É também membro Efetivo da Academia Tocantinense de Letras. Odir Rocha foi homenageado juntamente com o escritor Carlos Drummond de Andrade no 6º Salão do Livro do Tocantins realizado em 2010, pela Secretaria Estadual da Educação.

 

Obras publicadas: 'Do amor à Terra'; 'Auscultando a vida'; 'Terracanto'; '25 Caminhada'; 'Ipobajá'; 'Empina-se pipa na terceira idade?'

 

 



Edição e postagem: Lorena Karlla