Saúde alerta comerciantes sobre a procedência de produtos para evitar transmissão da doença de Chagas em Palmas

Secretaria Municipal da Saúde

Autor: Redação Semus | Publicado em 26 de abril de 2018 às 18:02

O alerta é para que a preferência seja dada sempre aqueles fornecedores que seguem as normas sanitárias


O comerciante de açaí da Região Central de Palmas, Antônio Luiz Alves de Souza, recebeu a visita de uma equipe de biólogas da Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses de Palmas (UVCZ) na tarde desta quinta-feira (26). A abordagem aos comerciantes da Capital faz parte uma ação educativa que as profissionais da unidade estão realizando em vários pontos da cidade para reforçar os cuidados que os comerciantes devem ter ao escolherem seus fornecedores de polpa do açaí. O alerta é para que a preferência seja dada sempre aqueles fornecedores que seguem as normas sanitárias, e assim evitem a contaminação dos consumidores pelo inseto conhecido como barbeiro, transmissor da doença de Chagas.


A ação faz parte da “Semana de Prevenção à Doença de Chagas”, promovida pela UVCZ entre os dias 25 e 27 de abril. Além da orientação feita aos comerciantes de açaí, as biólogas também visitaram pontos de venda de caldo de cana da Capital, com o mesmo objetivo de alertar sobre os cuidados com a procedência dos produtos, com a limpeza e o manuseio. “Esta ação é somente educativa e para conscientizar os comerciantes sobre a origem dos frutos e dos produtos comercializados. A Vigilância Sanitária de Palmas é atuante na fiscalização dos pontos de venda de açaí de caldo de cana na Capital”, disse a bióloga Lara Betânia Melo Araújo, tranquilizando os consumidores.


O comerciante Antônio Luiz Alves reforçou que o açaí consumido em Palmas, sobretudo nos estabelecimentos registrados e regularizados, são sujeitos a uma fiscalização constante por parte da Vigilância Sanitária. Segundo o comerciante, hoje em dia, as polpas de açaí passam por um processo de pasteurização, que eleva e reduz as temperaturas para eliminar as contaminações. “Compramos nosso açaí pasteurizado de uma distribuidora de Palmas, que recebe o produto da Ilha do Marajó, no Pará. Dificilmente um comerciante regularizado consegue vender um produto que não passe pela inspeção”, afirmou Antônio Luiz.


A programação da “Semana de Prevenção à Doença de Chagas” termina com exposição do Laboratório de Entomologia e ações de Educação em Saúde junto, na sexta-feira, dia 27, das 16 às 20 horas, aberta ao público do Parque Cesamar.


O que é Chagas?


A doença de Chagas é uma infecção generalizada causada por um protozoário chamado Trypanossoma cruzi, cujo transmissor é um inseto popularmente conhecido como barbeiro. Ao picar a vítima, o inseto deixa fezes no local que entram em contato com a corrente sanguínea e com órgãos, como o coração. Após a picada, geralmente, a reação é de coceira no local e isso facilita ainda mais a contaminação pelo sangue. Os sintomas mais comuns são ferimentos parecidos com furúnculo, inchaço nas pálpebras dos olhos (Sinal de Romanã), febre, mal estar, cansaço, dores na garganta e dificuldade de engolir.

 

 

 

(Edição e postagem: Lorena Karlla)