Saúde alerta sobre nova droga fatal utilizada em baladas na Capital

Secretaria Municipal da Saúde

Autor: Redação Semus | Publicado em 02 de setembro de 2019 às 12:11

Médicos que fizeram plantão na UPA Norte estão preocupados com o número de atendimentos de jovens mulheres com sintomas de overdose 

Só na madrugada do sábado, 31, cinco casos com os mesmos sintomas foram registrados na UPA Norte. De acordo com o médico plantonista da Unidade, José Carlos Miele, que atendeu parte das ocorrências, as pacientes socorridas apresentaram quadro com rebaixamento de consciência. “Temos conhecimento que uma nova droga vem sendo utilizada em baladas na Capital. Ela possui ação rápida e provoca problemas cardíacos sérios. Um fator muito importante que chamou atenção dos médicos foi que os usuários desconhecem é que ela mata”, observa o médico.

 

O médico conta que os relatos das pessoas atendidas que ingeriram a substância são bem semelhantes. “Todas elas disseram que não tinham  conhecimento da presença da droga em sua bebida, e que entraram em pânico assim que perceberam aumento de euforia e a aceleração em seus batimentos cardíacos, com posterior rebaixamento de consciência, náuseas e desmaios”, conta o profissional, lembrando que as vítimas são principalmente mulheres jovens.

 

Miele alerta que a ingestão destas substâncias pode ser fatal. Essas novas drogas que são conhecidas pelos usuários como Key e Gi provocam surtos psicóticos, parada respiratória, problemas cardíacos e até a morte de alguns indivíduos.

 

Key  é o apelido dado a Cetamina (ou Ketamina), assim como Gi é o GHB (Ácido Gama Hidroxibutírico). As duas substâncias estão sendo usadas com frequência em Palmas.  As substâncias são anestésicos usados na composição de drogas sintéticas.

   

O médico explica que se trata de um anestésico utilizado exclusivamente em ambientes hospitalares, principalmente em cirurgias cardíacas, neurológicas e ortopédicas, é a alternativa escolhida por traficantes para substituir e/ou intensificar os efeitos do ecstasy e do LSD.

 

 

Edição e postagem: Iara Cruz