Secretaria Municipal da Saúde
Autor: Redação Semus | Publicado em 02 de julho de 2020 às 16:05
Palmas não registra casos autóctones (locais) desde 2006, mas recebe casos de outros estados brasileiros
No Tocantins, o mês de julho é associado à temporada de praias, férias e
ao que se convencionou chamar de verão tocantinense. É uma época em que muitas
pessoas se deslocam para as proximidades de rios e lagos, locais ideais para a
propagação do mosquito Anopheles, transmissor da malária. Apesar de não
ser esperado o mesmo fluxo de pessoas nesses lugares este ano, por causa da
pandemia, a Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses de Palmas (UVCZ)
alerta sobre as medidas preventivas que devem ser tomadas pelos viajantes.
Segundo a bióloga da UVCZ, Lana Rúbia, a malária representa um grande
desafio para a saúde pública no Brasil, especialmente na região amazônica, onde
se concentram cerca de 99% dos casos. O Tocantins faz parte dessa região,
apesar de ser o Estado com o menor número de notificações. “Em Palmas, embora
não tenha registro de casos autóctones (locais) desde 2006, o vetor está
presente e o município recebe muitos casos de outros estados”, afirma a
bióloga.
De acordo com dados da UVCZ, o número de casos importados de malária tem
variado ao longo dos anos. Em 2019 foram notificados 68 casos, sendo oito de
malária por Plasmodium vivax, uma das seis espécies de protozoários que
provocam a malária. No ano de 2020, foram identificados 11 casos, dos quais
dois positivos, um por Plasmodium vivax e outro por Plasmodium
falciparum.
A doença é considerada grave, podendo provocar febre alta, calafrios,
tremores, sudorese (suor excessivo), dores de cabeça recorrentes, náuseas,
vômitos, cansaço e falta de apetite. Esses sintomas podem se agravar, levando à
prostração, alteração da consciência, convulsões, hemorragias e outras
complicações. Se não for tratada a tempo, a malária pode ocasionar até a
morte.
Ainda não existe vacina disponível para evitar a patologia e, por isso,
a melhor atitude contra a malária continua sendo a prevenção. A UVCZ orienta
que ao aproximar-se de regiões endêmicas do mosquito, é importante usar
repelentes, roupas claras e que cubram os braços e pernas nos ambientes de
exposição elevada. Em acampamentos próximos às matas e rios é recomendável o
uso de protetores conhecidos como mosquiteiros, além de prestar atenção nos
horários de maior incidência do mosquito, ao amanhecer e no final da
tarde.
A malária não é contagiosa. Mesmo sendo uma doença grave, quando o
diagnóstico é feito rapidamente, os tratamentos à base de antimaláricos são
capazes de curar.