Secretaria Municipal do Desenvolvimento Social
Autor: Wédila Jácome | Publicado em 19 de novembro de 2019 às 18:16
Participaram palestrantes que atuam no Movimento Nacional Pró Convivência Familiar e Comunitária e no fortalecimento da rede de proteção à criança e ao adolescente em Palmas
Como
alternativa ao acolhimento institucional de crianças e adolescentes em
situação de risco social (negligência, abandono, abusos), o serviço de
acolhimento familiar e apadrinhamento afetivo foi debatido nessa terça-feira,
19, durante o ‘1º Seminário Convivência Familiar e Comunitária’. Os
profissionais que atuam neste setor puderam debater os caminhos e desafios para
implantação do programa em Palmas, nas oficinas promovidas pela Prefeitura de
Palmas, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Sedes),
na Universidade Federal do Tocantins.
Os
pontos debatidos nesta terça serão apresentados nesta quarta-feira, 20, na
Oficina de Avaliação do Plano Nacional de Convivência Familiar e Comunitária,
que acontece no auditório da Universidade Unopar, das 8 às 18 horas. Para
a doutoranda em Serviços de Acolhimento Familiar, Denise Avelino,
do Movimento Nacional Pró Convivência Familiar e Comunitária, que falou na
oficina sobre ‘Caminhos para implantação da família acolhedora’, é necessário
mobilizar a sociedade para se engajar junto à rede de acolhimento,
desmistificando os receios.
“Para
implantação desse serviço é necessário desmistificar os preconceitos, pois
muitos têm medo do apego ao acolhido, da vinculação, da família de origem e até
mesmo da responsabilidade. Temos o ‘pré-conceito’ em achar que a família
acolhedora é responsável por cuidar sozinha da criança ou do adolescente, e
isso não é verdade”.
Denise
Avelino trabalha na Secretaria Estadual de Desenvolvimento Humano do Estado da
Paraíba, e vem há 4 meses trabalhando a implantação do serviços de acolhimento
no estado nordestino.
Para
Judite Rocha, coordenadora e gestora do Lar Batista, em Luzimangues- TO, uma
instituição não governamental voltada ao acolhimento de crianças e adolescentes,
com o serviço de pais sociais, garante que não há como não ter apego. “Somos
seres humanos e o apego é importante, por isso é importante que tanto a criança
quanto os pais tenham acompanhamento de psicólogos. E é muito bom a gente ver a
Prefeitura de Palmas interessada em informar e capacitar as pessoas que
trabalham diretamente com as crianças e adolescentes sobre essa garantia e
direito, e tudo que debatemos hoje”.
Acolhimento
institucional
Outro
ponto tratado foi o serviço de acolhimento institucionalizado que é oferecido
pela Prefeitura de Palmas. Segundo o superintendente de Controle Social e
Políticas Públicas da Sedes, Claudiney Leite de Souza, “o seminário servirá
para aprimorar ainda mais as ações, serviços e programas voltados à convivência
familiar e comunitária, entre eles os serviços que são oferecidos nos CRAS (Centro
de Referência de Assistência Social) e CREAS (Centro de Referência
Especializado de Assistência Social), e principalmente os serviços de
acolhimento institucional que temos em Palmas, para que as nossas crianças e
adolescentes tenham seus direitos garantidos”.
Acolhimento Familiar
O
Acolhimento Familiar é uma medida protetiva, temporária e excepcional, prevista
no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Trata-se de alternativa ao
acolhimento institucional. Tem como objetivo acolher crianças e adolescentes em
situação de risco social em uma Família Acolhedora, previamente cadastrada,
selecionada e vinculada a um programa.
Edição: Lorena Karlla