
Semus alerta para importância de seguir calendário de vacinas
Sete vacinas para crianças maiores de um ano estão com baixa procura na Capital
Com a pandemia do novo
coronavírus (Covid-19), reduziu o número de pessoas que tem indo procurado as Unidades
de Saúde da Família (USF) em busca de imunização contra outras doenças, a
exemplo do sarampo, caxumba e rubéola. Entretanto, é válido lembrar a importância
de manter outras enfermidades sob controle para que não ocorra uma piora da
situação de saúde da população. A circulação do novo coronavírus em conjunto
com outras doenças evitáveis pode sobrecarregar inclusive os serviços de saúde
pública.
As ações de imunização
foram responsáveis pelo controle de diversas doenças e até mesmo pela
eliminação da varíola e da poliomielite. A enfermeira da Central Municipal de
Imunização de Palmas (Cemuv), Juliana Araújo, explica que também é mérito da
vacinação a diminuição das taxas de mortalidade infantil, quando comparadas ao
que ocorria em décadas anteriores. “Atualmente doenças como coqueluche,
difteria, tétano, rubéola e outras estão sob controle. No entanto, para que continue
assim, se faz necessário que tenhamos boas coberturas vacinais com a nossa
população devidamente imunizada”, afirma
Juliana ressalta que se
as pessoas não forem imunizadas, doenças já erradicadas poderão voltar. “Temos
como exemplo a situação do sarampo que desde de 2018 vem afetando o nosso País
com grande número de casos e até mesmo óbitos. As pessoas não entendem a
gravidade disso porque nunca viram casos dessa doença, por ela ter ficado
erradicada por muito tempo. Isso gera uma sensação de segurança por parte da
população, que acaba por não se prevenir”, completa.
Cobertura
Em Palmas, sete tipos
de vacinas precisam alcançar a meta de cobertura preconizada pelo Ministério da
Saúde. Dentre elas, está a tríplice viral, que previne contra o sarampo,
caxumba e rubéola e está com 70,9% de cobertura vacinal, enquanto que o índice
preconizado é de 95%. Outras vacinas com baixa cobertura são a poliomielite
(91,3%), meningite C (78,1%), pneumo 10 (79,5%)), rotavírus (81,8%), febre
amarela (61,8%). Com exceção da vacina de rotavírus que tem 90% como índice
preconizado, os outros imunizantes possuem 95% de cobertura exigida pelo
Ministério da Saúde. Todas estão disponíveis na Rede Municipal da Saúde e tem
como público-alvo crianças maiores de um ano.
Disponibilidade
A Secretaria Municipal
da Saúde de Palmas (Semus) reforça a importância da população se imunizar
independentemente da idade. Para verificar a situação vacinal, o paciente deve
comparecer em sua USF de referência com o cartão do Sistema Único de Saúde
(SUS), documento de identificação e o cartão de vacina. Atualmente, a Semus
dispõe de 17 tipos de vacinas nas 33 salas de vacinas disponíveis nas UFS da
Capital. Todas estão disponíveis para a população na rotina de vacinação, de
acordo com a faixa etária. O calendário vacinal pode ser conferido aqui.
Cabe destacar que o
calendário de vacinação tem idades específicas para a administração das
vacinas. Isso é feito para que a criança fique o menor tempo possível
suscetível a contrair uma determinada doença. Quando há atrasos na vacinação,
mais tempo essa criança ficará desprotegida e maior será a chance de se
infectar.