Secretaria Municipal da Saúde
Autor: Redação Semus | Publicado em 09 de janeiro de 2020 às 09:26
Capital é considerada referência na detecção e no tratamento da doença
O primeiro mês do ano foi
escolhido para dar maior visibilidade e conscientizar a população sobre a
hanseníase, um problema de saúde que ainda envolve mitos e preconceitos. O
Janeiro Roxo é uma campanha educativa que tem como finalidade chamar a atenção para
a importância do diagnóstico precoce, do tratamento e do controle da doença,
além de esclarecer sobre os sinais, sintomas e formas de transmissão.
Segundo a Sociedade
Brasileira de Hansenologia (SBH), o Brasil ocupa o segundo lugar em número de
casos, ficando atrás apenas da Índia. O Tocantins é localizado em uma região
considerada endêmica por causa da elevada incidência da doença. Em Palmas, no
ano de 2018 foram notificados 888 casos, dos quais 784 novos. Já em 2019,
somaram 796 notificações, sendo 681 casos novos.
Para o coordenador técnico
da Área de Hanseníase de Palmas, Pedro Paulo dos Santos, os números são
expressivos e revelam que o Município é uma área hiperendêmica, onde já foram
registrados mais de 200 casos por 100 mil habitantes. Entretanto, o
profissional esclarece que o alto índice de detecção não é um fator negativo.
Ao contrário, significa que a doença está sendo descoberta entre as pessoas que
eram portadoras da hanseníase e sequer sabiam de qual patologia sofriam e
permaneciam em um ciclo de transmissão.
Palmas é considerada uma
referência no diagnóstico, tratamento e no controle da hanseníase. Isso se deve
aos programas de capacitação que os profissionais da rede municipal de saúde
tiveram acesso nos últimos anos. Todos os 34 centros de Saúde da Comunidade da
Capital possuem equipes multiprofissionais aptas a realizar exames para
diagnosticar a doença, além de oferecerem acompanhamento e tratamento com medicações
gratuitas.
O
que é hanseníase?
É uma doença infecciosa e
contagiosa, que causa manchas esbranquiçadas ou avermelhadas na pele. Pode
ocorrer também alteração na sensibilidade da pele ao calor, frio, dor e ao
toque. É comum ter a sensação de formigamento, fisgadas ou dormência nas
extremidades e pode haver diminuição do suor e de pelos. A doença pode provocar
o surgimento de caroços e placas em qualquer local do corpo e diminuição da
força muscular.
De
onde vem a doença?
A hanseníase não é
hereditária. É causada pelo bacilo Mycobacterium
leprae e sua transmissão acontece de pessoas doentes sem tratamento para
pessoas saudáveis, pelas vias aéreas superiores (tosse, espirro, fala).
Como
é feito o diagnóstico da hanseníase?
O diagnóstico precisa ser
feito o quanto antes. A doença pode ser diagnosticada em uma consulta médica em
consultório ou ambulatório. O médico analisa lesões na pele com manchas e
alterações neurológicas específicas (dormências e formigamentos). Todas as pessoas
que convivem ou conviveram com o paciente de hanseníase devem ser examinadas.
Hanseníase
tem cura?
Sim, a hanseníase tem cura. Quanto mais cedo o tratamento, menores são as agressões aos nervos e é possível evitar complicações. O paciente que inicia o tratamento não transmite a doença a familiares, amigos, colegas de trabalho ou escola. (Fonte: Sociedade Brasileira de Hansenologia)