Semus realiza estudo e amplia projeto para atender adolescentes com gravidez precoce na Capital

Secretaria Municipal da Saúde

Autor: Redação Semus/ Edição: Lorena Karlla | Publicado em 09 de outubro de 2020 às 19:22

Iniciativa realiza um estudo que aponta os maiores índices de mães adolescentes nas diferentes regiões da Capital

Para ampliar os cuidados à saúde das adolescentes em Palmas no contexto da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a Secretaria Municipal da Saúde (Semus) amplia os serviços para este grupo na rede de Atenção à Saúde do município. Neste sentido, a pasta desenvolve um projeto piloto, que consta de um estudo epidemiológico dos territórios de saúde do município de Palmas.

 

O estudo aponta os maiores índices de mães adolescentes nas diferentes regiões da Capital. A partir desta análise, a secretaria ampliou o serviço que permite melhor atender essas meninas.

 

O projeto iniciou no final do mês passado e conta com o apoio da área de ginecologia para realizar os atendimentos às adolescentes encaminhadas das Unidades de Saúde da Família (USFs). “A nossa intenção é direcionar o olhar quanto ao planejamento sexual e reprodutivo, gravidez na adolescência e posteriormente o acompanhamento anticoncepcional após o parto e até os 20 anos de idade”, completa a coordenadora do grupo Técnico de Ciclos de Vida da Semus, enfermeira Yusely Sanchez Capote.

 

Ainda segundo Yusely, a pasta pretende estender o projeto quando voltarem às aulas na cidade. Ela enfatiza que no âmbito escolar, mediante as equipes de Atenção Primária à Saúde é possível buscar melhor promoção na educação sexual e reprodutiva como parte dos programas sobre direitos à saúde e a proteção social às crianças e adolescentes, inclusive na gravidez precoce. “Acreditamos que a educação é capaz de levar informação e conhecimento e, desta forma, também prevenir que essas meninas não tenham gravidez precoce”, diz.

 

Gravidez precoce

 

Os adolescentes de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) são os indivíduos entre 10 e 20 anos incompletos, o que representam entre 20% e 30% da população mundial. Ainda conforme a OMS, estima-se que no Brasil essa proporção alcance 23%.

 

De acordo com a coordenadora, dentre os problemas de saúde nessa faixa etária, a gravidez predomina em quase todos os países, principalmente naqueles em desenvolvimento. “Segundo a OMS, a gestação nesta faixa etária é uma condição que eleva a prevalência de complicações maternas, fetais e neonatais, além de agravar problemas socioeconômicos já existentes. Alguns estudos demonstram aumento na incidência de intercorrências pré-natais, intraparto, pós-parto e perinatais entre gestantes adolescentes”, ressalta.