Semus reforça que o cidadão é o agente principal no combate aos criadouros do mosquito da dengue

Secretaria Municipal da Saúde

Autor: Redação Semus | Publicado em 24 de janeiro de 2023 às 12:52

Dez minutos por semana é suficiente para interromper o ciclo de vida dos mosquitos

Com apenas dez minutos semanais é possível eliminar os criadouros do Aedes aegypti, responsável por transmitir doenças como dengue, chikungunya e zika vírus. Os locais mais propícios para o mosquito colocar os ovos estão dentro e ao redor das residências, tornando o cidadão o agente principal na eliminação desses focos. A coordenadora de controle vetorial da Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses (UVCZ) da Secretaria Municipal da Saúde de Palmas (Semus), Lara Araújo, explica porque realizar a vistoria apenas uma vez por semana é suficiente para interromper o ciclo de vida do mosquito.

Segundo ela, as fêmeas botam os ovos nas bordas dos recipientes com água limpa e parada. Dois ou três dias após o contato com o líquido, os ovos viram larvas e, dias depois, chegam na fase da pupa - que é o estágio intermediário entre a larva e o adulto. Elas viram adultas entre sete e dez dias, e se tornam o mosquito transmissor das arboviroses. “A vistoria pode ser um trabalho em equipe por todos os moradores da casa ou uma divisão de tarefa, em que cada semana uma pessoa é responsável por fazê-la, podem até mesmo incluir as crianças nessa missão”, completa Lara.

Para ajudar a lembrar o dia da última vistoria e os principais pontos a serem observados, o Instituto Oswaldo Cruz lançou um guia de ação semanal em que a população pode fazer o checklist. O cronograma de atividades pode ser conferido aqui. Nele são destacados os locais estratégicos como caixa d'água, calhas, galões, pneus, garrafas e tampinhas de bebidas, ralo, bandejas de ar-condicionado e de geladeira, vasos sanitários inutilizados ou pouco utilizados, baldes e outras vasilhas, piscina, lonas, vasos de plantas e plantas que acumulam água como bambu, bananeiras, bromélias, gravatás, babosa, espada de São Jorge, entre outras.

A coordenadora esclarece que esse trabalho da população nas residências não exime as atividades desempenhadas pelos agentes de combate de endemias (ACE). Ela reforça que os ACEs passam diariamente de casa em casa para fazer educação em saúde e conferir os locais propícios de criadouros e, quando necessário, fazem entrada forçada em casas em situação de abandono a fim de garantir que todos os focos sejam eliminados. “Outros setores também contribuem para garantir a saúde pública, como a coleta regular de lixo e a limpeza da cidade”, pontua  Lara.