Último dia de I Simpósio sobre Controle Populacional trouxe capacitação em captura e vasectomização de capivaras

Fundação Municipal de Meio Ambiente de Palmas

Autor: Georgethe Pinheiro | Publicado em 22 de agosto de 2019 às 16:51

Evento foi realizado em duas etapas, sendo uma aberta ao público e outra restrita aos técnicos da FMA e médicos veterinários ligados ao projeto


 

Terminou nesta quinta-feira, 22, o I Simpósio sobre Controle Populacional de Capivaras realizado pela Fundação Municipal de Meio Ambiente (FMA). Um dos pontos altos do evento foi o curso de cirurgia, em que técnicos e médicos veterinários passaram por capacitação em captura com uso de dardos para sedação e em vasectomia destes animais.

 

O simpósio foi realizado em duas etapas, sendo uma teórica, na segunda-feira, 19, e terça-feira, 20; e outra prática, na quarta-feira, 21 e quinta-feira, 22. A parte teórica foi aberta ao público e a prática, direcionado a técnicos e médicos veterinários.

 

Nesta quinta-feira, três animais foram vasectomizados, uma alternativa mais adequada em relação à castração, eles também receberam chips de identificação. “A castração inibe a produção de hormônios, podendo interferir na qualidade social do animal dentro do grupo”, explicou a gerente de Monitoramento Ambiental da FMA, Bruna Almeida.

 

Participaram do curso de confecção e uso de dardos 14 profissionais, e 13 fizeram o curso de cirurgias. A gerente de Monitoramento Ambiental disse ainda que a utilização de dardos na captura é um método que oferece segurança tanto ao animal, quanto ao profissional. “Estamos falando de animais silvestres, cujo contato direto com o ser humano não é recomendado, então o dardo é utilizado para sedação, para que ele possa ser capturado, transportado e submetido aos procedimentos necessários sem oferecer riscos”, detalhou a Bruna Almeida.

 

Capacitação

 

O Simpósio sobre Manejo Populacional de Capivaras contou com a parceria da Guarda Metropolitana de Palmas (GMP), Secretaria Municipal de Saúde (Sesmu), Secretaria Estadual de Saúde (SES), Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), Universidade Católica do Tocantins (UniCatólica) e Ulbra.

 

O evento tratou sobre o diagnóstico populacional de capivaras realizado em 2018, que identificou 172 indivíduos da espécie, entre as quais, 74 pertencentes a um único grupo, que tem o Parque Cesamar como espaço de convivência. Também foram tratados sobre os cuidados necessários para o convívio harmonioso entre animais e ser humano e a circulação das capivaras na cidade.

 

Os animais

 

As capivaras são grandes mamíferos, herbívoros, que vivem em grupos próximo a córregos e lagos e, que em Palmas, sofrem pouca ameaça de predadores. Indicadores do crescimento desses grupos, especialmente o grupo instalado no Parque Cesamar, levantaram questionamentos acerca do ritmo de reprodução desses animais silvestres e questionamentos sobre como garantir que a proximidade dessa espécie com o homem e, especialmente, como realizar a prevenção de problemas ambientais e de saúde pública que podem surgir diante de um crescimento desordenado da população de capivaras.

 

 

 

Edição e postagem: Lorena Karlla