Uma geração de mães e mulheres empreendedoras

Banco do Povo

Autor: Márcio Greick | Publicado em 14 de maio de 2018 às 10:29

Banco do Povo fomenta o empreendedorismo na Capital, onde cerca de R$ 300 mil reais já foram disponibilizados só este ano, para as mulheres empreendedoras

 “Trabalhei no Dia das Mães. Mas sou feliz com meu trabalho”, disse a empresária e empreendedora, Glaucilene Ribeiro Batista, que há quatro anos comanda o seu próprio negocio com a venda de açaí, na região Sul da Capital. Ela conta com ajuda de seus dois filhos Henrique Júlio e Fabíola Sebastiana nas horas em que não estão estudando.

Empreendedora, ela já teve um negócio na região Norte da Capital e, recentemente, investiu cerca de vinte mil reais em um novo negócio, em Taquaralto oriundos do Banco do Povo. A empresária, de 36 anos, já tem uma rotina diária puxada, que começa às cinco horas da manhã e vai até meia noite todos os dias.

Logo cedo, prepara o café para os filhos, vai à academia, em seguida faz compras no supermercado, lava roupa, e depois do almoço, segue para o trabalho, onde inicia o atendimento ao público ás 16 horas até a meia noite, todos os dias da semana. “A mulher de hoje supera coisas que antes não conseguia. Temos muitas responsabilidades, com filhos, casa, e trabalho o que nos torna mais responsáveis e ao mesmo tempo independentes”, disse.

Outra mãe empreendedora é a costureira Marilene Ferreira Carmo, moradora da quadra Arno 32. Na mesma quadra em que mora possui um ateliê de alta costura em sua própria casa. Casada, mãe de dois filhos, sempre que precisa recorre ao Banco do Povo, onde é cliente há três anos, para melhorar seu negócio e movimentar capital de giro. Enquanto trabalha, no corte do tecido ou na máquina de costura, com a confecção de um vestido para uma cerimônia de casamento, Marilene, divide a atenção com a sua filha, Phátya Do Carmo, e com a recém chegada, Ana Thereza Peixoto, sua neta de dez meses de idade.

“É muito importante ter a presença da minha filha e neta enquanto estou no ateliê, pois não fico só na rotina do trabalho”, destacou Marilene. Para a filha, Phátya Do Carmo, que é 3ª Sargento da Policia Militar, a mãe é uma referência para sua vida, ainda mais depois que se tornou mãe também. “A minha mãe é empreendedora desde que nasci, e como mãe ela me ajuda e nós nos entendemos muito bem em nossos papéis, e a cuidar da minha filha também”, pontuou.

As mães empreendedoras, Glaucilene Ribeiro e Marilene Ferreira Carmo estão entre as vinte e cinco mulheres que de janeiro de 2018 até o mês de maio, resolveram investir em um empreendimento ou melhorar o seu próprio negócio. Os dados são do Banco do Povo, que através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Emprego, fomenta o empreendedorismo na Capital, onde cerca de R$ 300 mil reais já foram disponibilizados só este ano, para as mulheres empreendedoras.

É o caso da empreendedora, Lisane Grasiele Rama, que passou uma temporada em Portugal. Profissionalizou-se e hoje trabalha com unhas em gel, há três anos, em seu estúdio no centro da Capital. O material usado é todo importado, onde ela compra e paga em euros, o que exige uma jornada de trabalho longa,  das oito e meia da manhã até as dezoito horas.

Mãe de um filho de cinco anos, Matheus Rama Coutinho, ela administra muito bem o tempo para cuidar do filho e do seu próprio negocio. “Priorizo meu filho e mantenho o foco no meu trabalho”, enfatizou Lisane.

Para Grasiele, por vezes a mulher tem uma jornada de trabalho tripla, e a maioria é chefe de família. “Meu público é de mulheres e a maioria são chefes de famílias e mesmo assim não esquecem de cuidar do corpo e da beleza feminina”, acrescentando que ela também tem o cuidado de está bonita no seu local de trabalho. 

A dona Lucy Brossmamn, faz parte de outra geração, ela tem quatro filhos, e já é avó de nove netos. Lucy frequenta fielmente o salão da Lisane Grasiele.  Enquanto dá um upgrade nas unhas para viajar para visitar os netos nos Estados Unidos ela fala sobre o papel da mulher no mercado de trabalho. “Hoje as mulheres são bastante batalhadoras como a Lisane, são mulheres que trabalham fora e ainda tem a responsabilidade de cuidar dos filhos, são mães  heroínas”, finalizou.